Buscando um lugar na sombra
Na sombra do outro
Não se contenta com sua luz
Dos corpos nus
quando sombra
quando assombram
fantasmas escuros
A sombra duplica, a sombra garante
A leveza ou o peso
Não releva a tal da sombra
Acompanha o fracasso
e a façanha
A sombra é parceira
Ou dá rasteira
Cuidado com seus passos
Serão sempre seguidos
Bem pior que big brother
Inspirado nesta foto de Manuel Arenas
2 comentários:
Olá,
Passei para conhecer seu interessante espaço e gostei muito. Voltarei outras vezes.
Desejo umm lido final de semana e muita paz.
Smack!
Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br
SOMBRA DE BAUDELAIRE
a sombra
me
assombra
quando a assombração
é Baudelaire
comendo as nuvens sangrentas
da imprevisão
vampiro que pira
na assembléia de Dionísio
cafungada de flores doentias
sapato torto com devaneios vulcânicos
a sombra
me
assombra
porra escrotal
que é nuvem embevecida de estilhaços
da dissidência
a rima é golpe
a palavra bomba atômica
no branco do papel
loucura sem remédio
a sombra
me
assombra
Baudelaire morde pescoços incautos
enraba a estupidez dos covardes
e dá vida ao mijo da madrugada
perdida na esquina.
Cássio Amaral.
03/10/07
Bom poema Fred, o fim é uma crítica inteligente.
E a cerveja, quando vamos tomar umas?
Abração.
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