O circo da Fórmula 1 volta a alegrar as telas brasileiras e mundiais, a partir deste próximo domingo, às três da madruga, direto da Austrália. Como sempre, os chefões correm para alterar as regras do campeonato para que os pilotos possam produzir mais emoções em rodas.
As grandes novidades são a volta do KERS, depois de um ano fora do circuito, e a introdução da asa traseira móvel. Tanto o KERS, que gera mais energia depois das freadas aumentando os cavalos do motor, quanto a asa traseira móvel, em que o piloto poderá alterar seu ângulo para obter mais velocidade nas retas ou ultrapassar, podem ser grandes diferenciais da emoção neste ano, em relação ao morno 2010 da F1. Entre os pilotos, o alemão Sebastian Vettel tem tudo para conquistar o bicampeonato de forma ainda mais tranquila. O carro da Red Bull está melhor ainda, e o jovem piloto alemão, mais experiente e ainda mais confiante depois do título. Como grande rival dele no ano, colocaria novamente minhas fichas em Fernando Alonso.
E se for para apostar em uma surpresa correndo por fora, colocaria minha torcida brasileira na disputa e selecionaria Felipe Massa. Este ano de 2011 é, sem dúvida nenhuma, decisivo para ele. Relembrando os anos anteriores, em 2008 ele deveria ter sido campeão. Perdeu no último minuto para Lewis Hamilton por estas coisas que só acontecem na F1. Em 2009, teve a infelicidade de ser alvo da peça solta do Rubinho. 2010 pode ser considerado o ano da volta ao circuito, mas ainda meio fora de forma por causa da longa recuperação. Chega 2011 para ser o ano principal da carreira dele. Se não vier um título ou uma competição ferrenha com Alonso lá no topo, Felipe Massa poderá arrumar suas malas e partir para o resto de sua carreira em equipes menores. Ou, quem sabe, no máximo um recomeço em uma das rivais da Ferrari, que a seguir venha a se preparar especificamente bem em um determinado ano. Assim como aconteceu com a combinação Mark Webber/Red Bull, que quase deu certo no ano passado e tirou do ostracismo o já veterano piloto australiano. Ou em 2009, quando Jenson Button deu uma super guinada na carreira sagrando-se campeão da temporada, quando ninguém esperava muito mais dele. Os olhos dos britânicos e do mundo estavam em outro britânico, Lewis Hamilton. Que, diga-se de passagem, não deixou de ser um piloto excepcional. Apenas não o coloco entre os favoritos devido à pré-temporada da McLaren não muito promissora.
Por tudo isso, a torcida brasileira precisa estar especialmente afiada neste ano de 2011 para Felipe Massa. O piloto precisa fazer de sua especialidade, a obstinação, um trunfo maior. É tudo ou quase nada. Tem que pensar assim. Neste 2001 não contaremos com três brasileiros. Além de Felipe Massa, dou uma bala para quem acertar qual é o segundo piloto brasileiro. Sim, você acertou, Rubens Barrichello. Um ano para ele aumentar ainda mais seu recorde de longevidade, principalmente o de piloto que mais disputou GPs na história da F1. Se o brasileiro conseguiu chamar (e com razão) até um dos nossos maiores ídolos do futebol de “Gordo”, é devido a nosso intenso e eterno humor propício às piadinhas e ao escárnio. Rubinho não ficaria fora desse humor brasileiro. Não tem um título maior, não substituiu Senna, como idealizado pelo povão. Mas é, sem dúvida, um daqueles pilotos que entrarão para a história. Com piadinha e tudo.
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