Resolvi continuar aqui o tema sugerido pelo
Dagomir Marquezi, já que aconteceu aquele fenômeno quando você lê algo e fica pensando sobre isso, discorda de alguns pontos, concorda com outros, mas no final, quer mesmo é escrever e se alongar, para debater o assunto até, bem... até onde ele se esgotar.
Quando você ler o que Dagomir escreveu vai conseguir participar melhor do debate, então dá um pulo lá, é só seguir o link no nome dele, no começo do texto.
Primeiro, eu não acho o Facebook chato. Não estou lá porque todo mundo está. Cheguei lá quando não tinha ninguém. E continuei. Nao cansei do Facebook. Mas acho o debate super pertinente. Até pelo fato das redes sociais também terem virado, elas mesmas, papo de boteco, extrapolando as rodinhas de profissionais de mídias sociais.
Eu concordo com o Dagomir quando ele cita a pesquisa mostrando que 84% dos brasileiros usuários de redes sociais estão no Facebook, dizendo que a unanimidade não faz sentido. Mas discordo que as redes sociais precisam acabar algum dia para que outras entrem no lugar delas, no coração das pessoas. O Orkut não precisava acabar. Só acabou porque o Google mudou de estratégia mundialmente, e o Orkut só bombando no Brasil e algum ou outro país, não fazia sentido mantê-lo no centro de sua estratégia. Veio o Google+, que melhora a olhos vistos, a cada dia.
Se 84% é demais, vejamos pelo lado do perfil de cada rede social. O Pinterest por exemplo não está configurado para ser um "bar" das redes sociais, caro Dagomir. É uma rede muito bacana visualmente, boa para compartilhar conteúdos visuais e infográficos, mas não quer ser escancaradamente um barzinho. Uma postagem hiper popular por lá consegue mais de 1000 repins ( seriam os "compartilhamentos"do Face), com menos de 5 comentários.
O Linkedin também não quer ser barzinho. Lá o sujeito vai pensando na carreira. Não em contar ao amigo como vai a vida.
Outra questão é a obrigatoriedade psicológica citada. Imagino o Facebook como um daqueles clubes do interior do Brasil que eu frequentava na adolescência. Eu queria estar lá todos os dias, não por ser obrigado, mas por poder encontrar todo mundo que queria, para jogar bola ou paquerar. Os clubes que eu frequentava vinte anos atrás continuam existindo. Recicla sempre seu público, mas não fecha.
O valor da ação do Facebook caiu muito no início, mas já apresenta
em sua análise gráfica recente uma curva muito mais próxima dos topos que dos fundos.
Acredito que tanto o Facebook quanto o Twitter deixam muito a desejar em termos de velocidade de adequação do modelo de negócios relativa à quantidade de capital que têm disponível.
Porém, no final das contas, Dagomir, meu pensamento final é parecido com o seu, mas diferente. Gostaria que as demais redes sociais concorrentes e cheias de potencial não cheguem a um final, mas também alcancem os 84% de popularidade do Facebook entre os brasileiros. E o Foursquare, o Pinterest, o Linkedin, o Twitter, o Soundcloud ( que adoro), o Google+ e o
8 Tracks , só para ficar nos que mais uso, também fiquem mais interessantes de se usar, posto que mais populares. Compartilhar é bom e eu gosto.
Junta tudo no final e coloca no
Rebel Mouse, que é bem possivelmente uma grande tendência futura nas redes sociais, como visualiza
Gabriel Leite, já se configurando hoje mesmo. Um local só, onde acompanhamos todas as redes. Ou seja, muda de barzinho, muda de clube, não importa, teremos o hábito de conferir tudo em um lugar só. Facilitando. E aí, você não sai do Face, ou do Twitter, do Linkedin...você usa o que tiver a fim de usar.
Por sinal,
aí vai o meu Rebel Mouse.