A máquina do tempo sempre foi um assunto muito popular e intrigante. Lembro principalmente do filme "De Volta para o Futuro", mas minha memória também me remete a alguns outros filmes e séries de Hollywood, alguns deles típicos de "Sessão da Tarde" ou nem tão memoráveis, mas que diferentemente de um filme sobre um outro assunto, acabou permanecendo nas minhas lembranças.
A máquina do tempo como eu vejo hoje sai um pouco daquela fantasia de que conseguiremos voltar ao passado ou avançarmos para o futuro dentro de uma geringonça.
Vou descrever minha nova visão sobre a máquina do tempo inspirado na
Máquina do Tempo do meu querido amigo Marcos Alencar.
O tempo, esta máquina poderosa que nos concede a alegria de imaginar, é o dono da mais poderosa Máquina do Tempo de todas. Cabe a nós fazermos um bom uso dela.
Esta máquina possui dois atores coadjuvantes, o Passado e o Futuro. E um ator principal, o Presente.
Nós somos os diretores. Sim, a Máquina do Tempo é também um filme. Que pode ser de curta, média ou longa metragem.
Para que possamos ganhar um Oscar da vida, é preciso que saibamos escalar muito bem estes dois atores no filme de nossas vidas. Como diretores deste filme, vamos procurar entender primeiro o papel do ator coadjuvante Passado.
É importante entender que, para um ator coadjuvante ganhar prêmios, é preciso que ele cumpra muito bem seu papel. E que faça o ator principal se destacar. É até possível o ator coadjuvante ganhar um prêmio, e o ator principal ficar meio esquecido. Mas aqui neste filme, o ator coadjuvante Passado precisa trabalhar para que o ator principal Presente se destaque. É a sua principal função no filme.
Já o ator coadjuvante Futuro ajuda o ator principal Presente fazendo-o usar sua imaginação. Ajudando-o a criar um cenário de metas e objetivos para que ele ganhe muitos prêmios. Ele precisa fazer com que o ator principal Presente nunca deixe de se concentrar em sua principal missão, que é viver cada momento.
Tanto para o ator principal, quanto para o público que o assiste, não é possível a distração por muito tempo. Pois o filme pode ficar sem ritmo, sem graça, triste. O ator principal Presente pode até dar umas descansadas em seu camarim, que geralmente tem em sua porta uma plaquinha escrito "férias", "spa"ou "ano sabático". Recupera o fôlego e continua firme.
A máquina do tempo deve ser assim. Cada ator exercendo seu papel essencial. A trama se desenrolando de forma equilibrada para se tornar no final um longa metragem de sucesso. Com os atores coadjuvantes ajudando o ator principal a se destacar e ser o principal componente da história. Para que no final, o diretor volte para casa realizado. Feliz com o filme que construiu. Que teve cortes, foi editado, mas que ficará para sempre na memória de cada um que participou dele. E até de quem o assistiu.