Basta perceber alguém em minha frente
Particularidades incluídas de nariz, boca, orelhas
Fazendo cara de vulcão ou de contente
De expressões muito parelhas
Aparecem instantaneamente os sósias
Não há nada para controlar este vício
Aquele parece com o Jô, este com o Enéias
Mais incontrolável que político em comício
Este parece com aquele ser
O outro é a cara do ainda outro
Não há ninguém sem se parecer
Com gente, objeto, vaca, potro
Macacos fomos e ainda somos
E seremos por muitas gerações, migramos,
Confusões genéticas, cromossomos
Os sósias continuam
quinta-feira, março 30, 2006
sexta-feira, março 17, 2006
Onde está Fred Neumann?
O autor destes versos quase diários
Com uma certeza tomando conta
Agradece a presença de poucos ou vários
E seu futuro breve aponta
Não é de fazer despedidas
Nem ao menos dramático ou depressivo
Faz apenas um joguinho sem medidas
Sem deixar ninguém apreensivo
Estará andando de rolimã?
Ou acampando na beira de um rio?
Onde está Fred Neumann?
Passando calor ou frio?
Pode estar na mata, na praia ou montanhas
De folga como rei, ou lavando pias
Mas plantando bananas ou quebrando castanhas
Estará de volta em 11 dias
Com uma certeza tomando conta
Agradece a presença de poucos ou vários
E seu futuro breve aponta
Não é de fazer despedidas
Nem ao menos dramático ou depressivo
Faz apenas um joguinho sem medidas
Sem deixar ninguém apreensivo
Estará andando de rolimã?
Ou acampando na beira de um rio?
Onde está Fred Neumann?
Passando calor ou frio?
Pode estar na mata, na praia ou montanhas
De folga como rei, ou lavando pias
Mas plantando bananas ou quebrando castanhas
Estará de volta em 11 dias
terça-feira, março 14, 2006
Boca cheia de dentes
Expressão muito usada de um amigo
Frente a uma pessoa com dentição avantajada
Dentes expostos, mais do que umbigo
Bem mais, em posição destacada
Boca cheia de dentes, ele diz
Sempre que percebe alguém assim
Com sorriso exposto pedindo bis
Uma série de dentes que não tem fim
Não é qualquer pessoa com tal mérito
Precisa ter esmero na exposição dentária
Não basta não ser banguela ou perito
na arte de ter tantos dentes, em romaria
É preciso aparecer, ter a boca cheia de dentes
Amarelos, brancos ou até cariados
Não importa, precisam estar presentes
E aparecer muito, por todos os lados
Frente a uma pessoa com dentição avantajada
Dentes expostos, mais do que umbigo
Bem mais, em posição destacada
Boca cheia de dentes, ele diz
Sempre que percebe alguém assim
Com sorriso exposto pedindo bis
Uma série de dentes que não tem fim
Não é qualquer pessoa com tal mérito
Precisa ter esmero na exposição dentária
Não basta não ser banguela ou perito
na arte de ter tantos dentes, em romaria
É preciso aparecer, ter a boca cheia de dentes
Amarelos, brancos ou até cariados
Não importa, precisam estar presentes
E aparecer muito, por todos os lados
sábado, março 11, 2006
Finge
Finge que não existe
E vira uma esfinge
Simula um torcicolo triste
De dor roxa na faringe
Disfarça a sua carência
Um gorro cinza na cabeça
Sua presença é uma ausência
Antes que eu me esqueça
O programa de tv matinal
Daqueles que falam de tudo
Ou nada, sem sal
Falam da falta de gozo absurdo
Finge
Dissimula
Anota na súmula
Quatro ao invés de três
Anula o sentimento que viria
Na virilha aperta a dor que sumiria
Finge que escreve maratona
Tão longa e tão suada
Nega beijar a lona
Sustenta que és uma fada
Hoje não tem base pra promessa
Ainda virá nestas páginas longas na calada da noite e escreverá, com a companhia de um copo de refrigerante e família, dormindo, uma longa poesia destas do tipo épicas, cheias de personagens, com batalhas, conflitos, ausências, sumiços, fingimentos, futebol, e trará o leitor junto, espera-se por quarenta e cinco minutos, depende do relógio, depende da velocidade da leitura, algo assim
Ao menos finge,
Esfinge, sonolenta
E vira uma esfinge
Simula um torcicolo triste
De dor roxa na faringe
Disfarça a sua carência
Um gorro cinza na cabeça
Sua presença é uma ausência
Antes que eu me esqueça
O programa de tv matinal
Daqueles que falam de tudo
Ou nada, sem sal
Falam da falta de gozo absurdo
Finge
Dissimula
Anota na súmula
Quatro ao invés de três
Anula o sentimento que viria
Na virilha aperta a dor que sumiria
Finge que escreve maratona
Tão longa e tão suada
Nega beijar a lona
Sustenta que és uma fada
Hoje não tem base pra promessa
Ainda virá nestas páginas longas na calada da noite e escreverá, com a companhia de um copo de refrigerante e família, dormindo, uma longa poesia destas do tipo épicas, cheias de personagens, com batalhas, conflitos, ausências, sumiços, fingimentos, futebol, e trará o leitor junto, espera-se por quarenta e cinco minutos, depende do relógio, depende da velocidade da leitura, algo assim
Ao menos finge,
Esfinge, sonolenta
sexta-feira, março 10, 2006
A luz que ilumina as teclas
Enxergo pouco aqui
As teclas somem e voltam
Caçoam de mim até
Uma escuridão saci
Metade das luzes somem
Só vejo um pé
O pouco da luz que povoa
Faz das teclas estrelas
Das memórias que se perfilam
Como se estivessem á toa
Como um peixe á espera das iscas
Procuram ser digitadas, voam
A liberdade enfim
Saíram do escuro do cérebro
Da prorrogação lá de dentro
Descubriram seu fim
Quando fecho ou abro
Nas margens e ao centro
A luz que ilumina as teclas
As teclas somem e voltam
Caçoam de mim até
Uma escuridão saci
Metade das luzes somem
Só vejo um pé
O pouco da luz que povoa
Faz das teclas estrelas
Das memórias que se perfilam
Como se estivessem á toa
Como um peixe á espera das iscas
Procuram ser digitadas, voam
A liberdade enfim
Saíram do escuro do cérebro
Da prorrogação lá de dentro
Descubriram seu fim
Quando fecho ou abro
Nas margens e ao centro
A luz que ilumina as teclas
quarta-feira, março 08, 2006
Sempre Aline
O colírio emocional e espiritual do homem é a mulher
Se alma também tem sua gêmea, já achei
Sou rei
Ela rainha
Pra ouvir minha ladainha
E dizer que não errei
Para ela
Não sou feio
Não sou chato
Não sou gago nem rouco de tão louco
Só louco por ela
Minha bela que não é
Minha
A conquista é diária
Não devo dar só migalha
O corpo inteiro
A história inteira
O amor que cabe aqui e mais um pouco
Pra rimar com a frase lá de cima
Ela é sempre minha rima
De maiô ou de biquini
Em todos os momentos
Sempre Aline
Se alma também tem sua gêmea, já achei
Sou rei
Ela rainha
Pra ouvir minha ladainha
E dizer que não errei
Para ela
Não sou feio
Não sou chato
Não sou gago nem rouco de tão louco
Só louco por ela
Minha bela que não é
Minha
A conquista é diária
Não devo dar só migalha
O corpo inteiro
A história inteira
O amor que cabe aqui e mais um pouco
Pra rimar com a frase lá de cima
Ela é sempre minha rima
De maiô ou de biquini
Em todos os momentos
Sempre Aline
segunda-feira, março 06, 2006
O banho do Oscar
Oscar, venha já pra casa
Tome seu banho
Ache nova asa
Crie novo rebanho
O atual tá antigo
O melhor fica em segundo
Não olhe pra seu umbigo
Tem mais coisas no mundo
Mais filmes
Mais assuntos variados
Ache novos lemes
Novos traçados
Produção independente
Não faz só mãe solteira
Pra atrair mais gente
Criativa e guerreira
É preciso viajar, Oscar
Bilheteria não é prova de amor
Custo não é qualificador
Para ver seus novos filhos
Os modernos, os loucos
Os dourados, os infernos
Os poucos, os safados
Os animados, coloridos
Tire a roupa
Abra as comportas
O tempo corre
Sem pressa
Sem vendas
Nos olhos
No mar
Solte o rebanho
Tome seu banho,
Oscar
Tome seu banho
Ache nova asa
Crie novo rebanho
O atual tá antigo
O melhor fica em segundo
Não olhe pra seu umbigo
Tem mais coisas no mundo
Mais filmes
Mais assuntos variados
Ache novos lemes
Novos traçados
Produção independente
Não faz só mãe solteira
Pra atrair mais gente
Criativa e guerreira
É preciso viajar, Oscar
Bilheteria não é prova de amor
Custo não é qualificador
Para ver seus novos filhos
Os modernos, os loucos
Os dourados, os infernos
Os poucos, os safados
Os animados, coloridos
Tire a roupa
Abra as comportas
O tempo corre
Sem pressa
Sem vendas
Nos olhos
No mar
Solte o rebanho
Tome seu banho,
Oscar
sexta-feira, março 03, 2006
O dez
O dez serve para atestar grande performance
Para contar os dedos
Indica qual a nota para o perfeito romance
Em cima dos rochedos
Dez é o número de vezes que escrevi
Aqui
Este blog que já é uma casa
Uma asa
Vôo sem destino, palavras também
Rima, com ou sem
Diversão antes de tudo
Lagosta
Palavra bonita
Gosto
Anota aí
Palavras bonitas terão seu espaço frequente aqui sendo destacadas, lembradas, com nota dez louvadas
Carnaval passou
Vila Isabel ganhou
Nota deeeeeez
Cabelo queimado na avenida
Roqueiro animado na Bahia
Pelé, Zico e Maradona
Dez no futebol coroa
No termômetro garoa
Na parada de sucessos
Os ouvidos abertos
Já escutam concentrados
Os votos dos jurados
Desempatam ano inteiro
Já não vale nove e meio
No final
Dez
o que será do onze?
Um time com muitos títulos?
Ou aguarde os próximos capítulos?
Para contar os dedos
Indica qual a nota para o perfeito romance
Em cima dos rochedos
Dez é o número de vezes que escrevi
Aqui
Este blog que já é uma casa
Uma asa
Vôo sem destino, palavras também
Rima, com ou sem
Diversão antes de tudo
Lagosta
Palavra bonita
Gosto
Anota aí
Palavras bonitas terão seu espaço frequente aqui sendo destacadas, lembradas, com nota dez louvadas
Carnaval passou
Vila Isabel ganhou
Nota deeeeeez
Cabelo queimado na avenida
Roqueiro animado na Bahia
Pelé, Zico e Maradona
Dez no futebol coroa
No termômetro garoa
Na parada de sucessos
Os ouvidos abertos
Já escutam concentrados
Os votos dos jurados
Desempatam ano inteiro
Já não vale nove e meio
No final
Dez
o que será do onze?
Um time com muitos títulos?
Ou aguarde os próximos capítulos?
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