A sereia número 9 já está na casa dos quarenta anos, apesar de nunca revelar a idade. Mantém sua beleza ruiva com muita lama, banhos de algas da Lagoa e muita atenção á sua vaidade. Ludmila passa esta vaidade ao seu quarto, sempre impecável. Foi assim que Olavo o encontrou quando foi conhecer Ludmila.
Passada uma semana na mansão, Olavo já passou a cultivar alguns hábitos típicos de moradores de fundos de lagoas. Um deles por exemplo é passar um dia inteiro no quarto conversando com uma sereia sem se preocupar com o tempo. Neste dia, Olavo esbaldou-se com os casos vaidosos de Ludmila. Ana Jacinta passou também o dia inteiro no quarto. Olavo já mantinha com a dona da mansão uma relação mais amistosa, passada a raiva do seqüestro-relâmpago-aquático.
Enquanto isso, do lado de fora da Lagoa, o detetive Élvio tornava-se a mais nova estrela das buscas. Travando um serviço particular, ele tornou-se uma peça fundamental nas buscas, motivado pelo prêmio da polícia local de dez mil reais, caso uma pista concreta levasse á solução do caso.
Élvio passou a ser uma figurinha repetida no local. Conseguiu permissão dos arrendadores do hotel para montar uma barraca verde, da cor das árvores, no meio delas. Por essa razão, alguns atletas de esportes de aventuras que passam constantemente pelo local o apelidaram de “ Elvinho Camaleão”, tantas as vezes que sua barraca foi confundida com o verde da atmosfera local.
O mais novo detetive a adentrar no “ Mistério Olavo” tinha conseguido uma pista muito importante, pelo menos segundo ele: um copinho destes de tomar água sulfurosa com as impressões digitais de Olavo. Ao conversar com Cordélia, ela havia confessado ao sagaz detetive que Olavo nunca havia bebido água sulfurosa naquele copinho antes.Pelo menos com ela.
Pelo menos em sua estada acima do nível da Lagoa do Barreiro...
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