O chiclete depois de mastigado parou grudado na calçada
Saiu sem cuidado da boca de um professor com bafo
Tentativa inútil de esconder fragilidade de sua amada
Não parou na sola de um dono de calçado safo
Vinte dias depois, o chiclete virou cena urbana pisada
Era verde virou preto cinza camaleonísticamente
Deixou um pedaço no salto de uma mulher casada
Virou pista descolante de um ser que mente
A desculpa para comprar roupas novas foi longa
A volta foi coroada com um fetiche por sapatos realizado
O pedaço do chiclete estava lá, sem mais milongas
O professor reconheceu, sua mulher estava em dia azarado
Um pequeno pedaço de chiclete pisado
Uma sina mastigada de um casal coincidente
7 comentários:
A saga de um chiclete mal amado.
Meu amigo, você me fez ler e reler esse poema um par de vezes. Estou impressionado (já te disse) com o teu talento para a poesia. Extrair poesia de uma cena urbana, aparentemente tão trivial, e fazer dela um poema que leva a pensar é coisa para poucos. Só os talentosos, como você. Continue poetando, meu caro amigo.
Forte abraço.
Menino, e o gol de Romário que não sai? Você viu a bola passando raspando pela cabeça dele? Se eu fosse ele tomava uns banhos de folhas especiais.
Puxa...concordo com Bosco...e com Maria tb...poesia de chiclete nunca tinha saboreado...gostei...diferente...sabor picante
beijo
Carol
Como dizia uma amiga minha: tudo nessa vida tem a ver contudo, nada é apenas um fato ou uma coisa isolada, rs*........
beijos, meu bom e bom fim de semana
MM
Olá,queridos Martha, Bosco,Carol e Monica,
Obrigado por tolerarem minhas ausências longas de ultimamente, e prestigiar este espaço aqui.
Procurarei sempre demonstrar a mesma amizade com vocês.
Beijos,
Fred
tudo vira poesia na tua mão, né?
bjo
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