No desfile passam narizes, pernas, cabelos e até roupas
Os passos pulam alto, lá em cima perto da cintura
Onde está o ponto exato para onde miram as modelos?
Perto do chão, seus calcanhares e bicos de sapatos se enrolam com os vestidos
Uma modelo cai retumbante e sua maquiagem não muda
Surda fica com os gritos e ímpetos das caras escuras
Vultos julgando o tombo de uma grife antes dominadora
Milhões de euros vão para a conta de uma amadora
Voa chorando o estilista ao alcance da modelo estátua
Tatua o seu ódio disfarçado de força á derrotada
Demonstra a vitória, estampa o orgulho de suas cores
O público, emocionado e alerta, joga suas flores
As luzes se apagam, as atrizes e estilistas vão aos restaurantes
No escuro final da passarela acomoda-se o sapato esquecido
Seu bico fino testemunhou o grosso da fauna alerta
Se o ego o deixou, a solidão o acerta
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