sexta-feira, julho 14, 2006

Poesia dos números

Precisa explicação ao falar de sessenta e nove?
Infernalmente falando, um meia meia meia
No inverno ou não, ás 17 quase sempre chove
Mais em Londres, terra do chá bem antes da ceia

Já criaram o Expresso Dois Dois Dois Dois
Escutei, é música, das boas, do ministro
Um minutinho é quando deixam pra depois
100 pista é quando ninguém deixa rastro

Sete sete azar é usado por alguém malvado
Pode estar ao seu lado, mande-o um treze
24 pra não dizer mais é o número do veado
Na loteria, sei, me engana, um terço, reze

Vou contar até três pra você me devolver
A colher, das de sopa, dez gotas d´uma vez
Trinta e dois é o calibre do revólver
Nota zero pelo pouco que ele fez

Sete anos para entrar no primeiro grau
Dois anos para querer bem mais que mingau
Dezoito anos para entrar sozinho na festa
Ou serão dezesseis, para não ter que passar pela fresta?

Sessenta anos pra furar a fila do banco
Um sete um para fingir que tem esta idade
Camisa dez se joga mais do que só afinco
Nota dez pra quem só fala a verdade

Há quantos minutos você está comigo nesta?
Se ler um livro por semana, quantos lerá na vida?
Se o livro for ruim, mude, não deixe-o cair na testa
Pode ficar tarde demais pra curar a ferida

Qual o tamanho certo de uma peça literária?
Poesia boa tem tamanho exato?
Vinte e quatro horas é sua medida horária?
Quantas notícias compõem um fato ?

Ache as respostas e coloque-as aqui
Pode rabiscar, a poesia já é sua

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