terça-feira, agosto 01, 2006

A refeição do senhor

Olá, senhorita acolá, veja-me um chá de poesia
Meu senhor, pode ser com duas colheres de alegria?
Com agrado, mas coloque a tristeza de lado
Desta forma, virá açucarado, meu senhor

Para comer, aquele sanduíche de inocência de sempre
O senhor gostaria de uma pitada de malandragem?
Devo recusar, pra não alterar meu nível de camaradagem
Tudo bem, desde que o sabor seja um que se lembre

De sobremesa, uma torta que não entorta?
Desde que não seja diet em índices morais
Mas senhor, deu hoje nos jornais
A torta que não entorta absorve os tribunais
Cara senhorita, absorvendo a parte boa, traga

Teria neste restaurante um banheiro honesto?
Seria meu senhor um com bidê que não mente?
Pode ser, senhorita, mas deve ter onde lavar almas
Isto tem, só não peça toalhas brancas, que detesto
Atendente que não mente, me sinto presente
Volte sempre, meu senhor, terá sempre nossas palmas

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