sexta-feira, dezembro 29, 2006
A Conversa-22
Daí surgiu a seguinte conversa:
Diretora-executiva do lar: Josicléia, você esqueceu de preparar o suco de limão?
Josicléia, auxiliar gastronômica doméstica: Não foi isso, eu apenas não lembrei.
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Para relembrar ou ler pela primeira vez A Conversa-21, clique aqui
Só volto a escrever em 2007. Este blog e a presença constante de vocês, meus novos amigos, será uma das maiores lembranças de 2006 que levarei para o resto de minha vida.
Que a passagem do ano seja na maior paz para todos nós.
terça-feira, dezembro 26, 2006
Um dia de José Clemente Divario
7:00 José Clemente Divario acorda para um café da manhã olhando para seu pequeno paraíso em forma de vista para o mar. Já tem esta rotina há quatro anos, quando tomou a principal decisão de sua vida. Ou era esta decisão, ou uma ponte-safena, a escolha era dele, como dizia Dr. Oliveira, seu cardiologista quando morava no Rio de Janeiro. Dezesseis horas por dia de trabalho era algo tão comum a ele quanto misturar os ingredientes do pão para um padeiro. Fichinha, moleza. Celular, lap-top, bip, palm, tudo ao alcance da palma da mão e dos neurônios em transe em sua cabeça. Só ele não sabia.
Ao cortar uma maçã, primeira de doze frutas de seu café da manhã, ele relembra seu antigo cotidiano e não entende como vivia daquele jeito. Mesmo passados quatro anos, ainda levita pensando nisto, com o pensamento de " hey, eu realmente consegui sair daquela correria".
Barba, escovação de dentes, e lavada na cara com a cortesia da água corrente. Sua casa é muito simples.
8:00 Diferentemente do cotidiano do Rio de Janeiro, sua prancha jamais pega teia de aranha. Lá vai Zé Clemente para mais uma sessão de surfe. Geralmente consegue pegar umas quatro, até seis ondas boas a cada manhã. E lá estão na praia o Renatinho Goma, o Luis Enceradeira, a Clarinha, o Rubens Lima Naves, todos surfando. No meio das ondas, Zé Clemente, em estado memorialista, pensa que se ainda estivesse no Rio de Janeiro, estaria ganhando, já nesta primeira hora, uma média de duzentos reais. Era muito dinheiro. Ele não tinha tempo para pensar no que fazer com aquilo tudo. No meio das ondas, ele sabe que precisa de muito menos dinheiro para viver, e que as amizades que fez não têm preço. Os duzentos reais por hora ele quase não gasta na semana inteira. Procura mesmo é por experiências. Estas ele sabe que irá levar para as suas outras vidas.
9:00 Quarenta e três anos nas costas, com pouquíssimo dinheiro para suas pretensões antigas cariocas, mas uma enormidade para seu momento atual, Zé Clemente se prepara para mais um dia repleto de nada a fazer.Ele sabe que este nada deverá ser completado com várias histórias inusitadas. Elas sempre aparecem. Por isso, vai o banho para tirar a areia do mar, lá na duchinha da Barraca do Zé da Caetana, que já prepara os peixes para os clientes do dia. Coloca o papo em dia, e não aguenta, dá umas dicas de negócios para o da Caetana. Na sua opinião, a barraca ganharia muito com uma piscininha para crianças. Seria a primeira do local. Da Caetana fica com um pé atrás, mas escuta a idéia do amigo carioca. Zé Clemente sai, rumo a uma caminhada de praia inteira, neste paraíso de 10 quilômetros, perto de Garopaba, litoral catarinense dos mais belos brasilis.
10:00 A caminhada é feita por um cidadão daqueles raros de consciência tranquila. Zé Clemente considera-se hoje um vencedor. Mas em busca de mais um algo mais. Afinal, a prainha de Rubamvava * já foi uma grande vitória. Ele ouviu falar dessa prainha 10 anos antes, em conversa com executivos da indústria da pesca de Santa Catarina, que ás vezes usavam o refúgio para acalmar os ânimos, além de fazerem negócios no local. Pois quatro anos antes, na grande decisão de sua vida, lembrou da conversa, procurou por fotos e informações do local, tirou férias. Aumentou inicialmente as férias de uma semana para um mês. E no final do mês achou sua casinha em frente ao mar. Comprou, foi ao Rio de Janeiro somente para acertar sua rescisão, e mora em Rubamvava desde então. Puf. Uma trombada. Em mais uma sessão memorialista no dia, ô dia memorialista este, deu de cara com uma senhora loira, devia ter uns sessenta anos.
Perdão, minha senhora, mil perdões- confessa Zé Clemente para a já risonha senhora.
Deve ter sido fruto do destino, meu "carro".Eu também estava divagando com toda velocidade. "Prrazer". Rita Hubinger- disse a alemã de uns sessenta anos, mais ou menos.
Realmente, com uma praia com esta imensidão, só pode ter sido fruto do destino mesmo. A senhora mora aqui?- curiosa normalmente Zé Clemente.
Sim, sim, casei-me com o Lucio faz 6 meses. O Lucio é pescadorr aqui. E me pescou- ri Rita, ri Zé Clemente.
11:00 A conversa se estende junto com a caminhada. Zé Clemente conta sua história para Rita Hubinger. Revela que pratica desde o ano passado sua mais nova paixão: o artesanato. É o que faz após o almoço. Rita conta de seus dois casamentos anteriores, com alemães, um bem-humorado que se tornou muito amigo. O outro, carrancudo demais para suas pretensões. Carranca esta que originou uma viagem solitária de Rita a Rubamvava, ela conhecia a praia através de fotos de blogs de amigos brasileiros. E nesta mesma praia, conheceu Lucio, um pescador solteirão uns dez anos mais novo, que por ela conheceu a paixão na mesma intensidade.
Zé Clemente, durante a conversa com Rita, já projeta, no seu futuro próximo, uma amizade consistente com a alemã. Rita é o tipo de pessoa que ele costuma admirar, a que quebra preconceitos, encara os súbitos de coragem de frente e vai à luta. Além de tudo o sotaque, junto com a cultura dela, a torna mais divertida ainda. Já quase chegando o meio-dia, e Rita ainda conta que havia conhecido Lucio ao perguntar a ele se alguns dos peixes davam bons sashimis. Os olhos se encontraram, e o romance logo havia começado. Já José Clemente Divario é um homem realizado, mas que no amor não tem pressa. Conta a Rita que só se casará se achar uma super mega ultra alma gêmea. A Rita retribui com aquele olhar de experiência.
12:00 Depois um pouco de meio dia, Rita e José Clemente completam os dez quilômetros, e cada um vai para sua casa. Tendo uma variedade diária de peixes a escolher, e sendo fã de frutos do mar, José Clemente escolhe para o cardápio do almoço um peixe ao molho de camarão. Tudo com aquele preço camarada do pescador Eric. Mas com o pensamento já em descobrir e prestigiar os peixes do Lucio, afinal o marido de Rita Hubinger só pode ser uma pessoa interessante. Passa por sua cabeça preparar e comer o almoço, trabalhar um pouco seu artesanato, que está com três barquinhos por acabar, e depois ir na vila dos pescadores pra conhecer o pescador de Rita Hubinger.
Na cozinha de sua casa, ele possui uma mesa para dez pessoas, local onde ele costuma reunir seus amigos para cervejada com frutos do mar e partidas de Barricada, um jogo que ele trouxe de uma de suas viagens executivas à Tailândia. Na mesma mesa é onde ele prepara suas refeições, cortando os ingredientes e limpando os peixes. No rádio passa o programa do Zeca Boca de Microfone, sujeito muito popular na região, e que mistura bom papo e entrevistas com músicas de qualidade. Ao escutar este programa, cortando os alimentos e pensando na incrível Rita Hubinger morando tão perto, Zé Clemente mais uma vez acredita que solidão é um bicho que pode ser solto, só dependendo do dono querer soltá-lo. Através do seu artesanato e das andanças praianas, Zé Clemente vai soltando esse bicho. O artesanato apenas ajuda sua cabeça e suas necessidades sociais , porque fonte de renda duradoura mesmo ele conseguiu com seus anos estressantes de executivo. Foram muitas e muitas horas ganhando duzentos reais por cada uma delas. A economia de Rubamvava tem agradecido.
13:00 Dos seis cômodos da casa, a cozinha é o ambiente preferido do Zé Clemente. Fica lá quando precisa, e quando não há nada a fazer. A varanda em frente ao mar com sua rede importada de Fortaleza também concorre diretamente pelo posto de ambiente preferido da casa. Mas Zé Clemente, conversando silenciosamente, sempre acalma a cozinha dizendo que ela é seu ambiente preferido interno. E a varanda é o ambiente preferido externo. Com isso ele consegue sempre harmonizar a cozinha, que retribui continuamente com belas refeições e boas risadas dos amigos. A cozinha é mais ciumenta que a varanda, relaxada pela brisa do mar.Não são exatamente frutos do esotérico tais conversas com os ambientes. Zé Clemente acredita no respeito a tudo. Ao corpo, ao meio ambiente, aos ambientes de sua casa. Ás emoções das pessoas. E é este pensamento que o povoa agora. Pensa como fará para que Lucio, o pescador sortudo de alemã culta Hubinger, o receba da melhor forma possível, sem brechas para coçadas na cabeça imaginando chifres ilusórios.
14:00 Depois de arrumar a cozinha, de cultivar o inflado ego da cozinha e o ego zen da varanda, Zé Clemente vai para o Divã Rio, o ambiente escolhido em sua casa para a prática do artesanato. Este é o ambiente que mais muda em sua casa. Recebeu este nome por três motivos. Primeiro motivo: ele queria nomear o ambiente que seria o local de tanta criação, mas não queria perder muito tempo. Foi logo então no seu sobrenome, Divario, para buscar inspiração. Segundo motivo: de Divario, separou Divã de Rio. Divã, pois sabia que suas criações artesanais seriam um belo substituto aos consultórios. Que assim como Forest Gump com seu Wilson, poderia ter vários bonequinhos para disfarçar de companhia, com a única diferença que a solidão no seu caso era opcional, e rara. Mas uns wilsonzinhos certamente ajudariam. Terceiro motivo é o Rio, de Divario, para lembrar sua terra natal. Afinal, por mais que ele cultivasse uma paz interior e um estilo de vida saudável, jamais passou por sua cabeça esquecer as raízes de sua vida. Divã Rio, o ambiente dos artesanatos de sua casa. Zé Clemente está praticamente finalizando um dos três barquinhos incompletos. Para a inspiração do dia, imaginou Lucio e Rita Hubinger num passeio romântico-pesqueiro no barquinho. Isso tudo faz parte da preparação para o encontro de mais tarde. Zé Clemente aprendeu a dar valor e diminuir a velocidade do primeiro encontro. Seja ele um encontro para uma amizade duradoura, um amor cup noodles, ou um relacionamento mais intenso com um dos ambientes de sua casa.
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O relógio de José Clemente Divario avisa: são 15:00. Hora de prosseguir a estória em outro blog...
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Esta postagem, entitulada " Um dia de José Clemente Divario", conta um dia deste ex-executivo carioca em três blogs. Neste blog aqui, foi contado o dia das 7:00 ás 15:00. Depois, até meados de Janeiro, será contado o período das 15:00 ás 23:00 no blog da Ghiza Rocha , e provavelmente até o final de Janeiro ou antes do Carnaval, o período de 23:00 até as 7:00, terminando o dia do Zé Clemente no blog da Monica Santos )
* A praia de Rubamvava é fruto da imaginação do autor. Qualquer coincidência com a realidade terá sido a mais incrível coincidência.
domingo, dezembro 24, 2006
Cenas dos shows em Paracatu
Sushis que eu gostaria de comer-5
O Natal está chegando. Mas gastronomicamente falando, podemos dizer que o período natalino já chegou. Afinal, basta a proximidade desta data que muitas casas e seus intrépidos gourmets produzem pratos saborosos, enchendo a pança da turma toda.
Pensando nisso, finalmente vou falar do Jamon Sushi, que nestas andanças internâuticas em busca dos sushis que eu gostaria de comer, achei tempos atrás e vinha querendo escrever sobre.
É um restaurante japonês que fica na cidade de Melbourne, na Austrália, onde o chef Charles Greenfield, que morou 16 anos no Japão, prepara um dos mais famosos omakases da Austrália.
Omakase, nos restaurantes japoneses, significa você aceitar pagar o preço proposto pelo chef, e deixá-lo preparar os sushis da preferência dele no dia.
A tradução para o português seria algo como " dar autoridade".
Ou seja, você paga e aposta pra ver no que dá.
Mas nos restaurantes que fazem isso, geralmente eles escolhem os melhores ingredientes, pra cativar o cliente com os melhores sushis da casa.
Contam com a surpresa pra elevar ainda mais o prazer de saborear sushis.
A foto que vocês estão vendo é de mais um sushi que eu gostaria muito de comer, e é preparado no Jamon Sushi.
É um sushi de lula, com um makizushi dentro.
Vai então para a galeria das mais belas fotos de sushis na web, afinal são as mais belas fotos que dão água na boca da gente, e nos inspira a escrever sobre estes sushis incríveis e seus fantásticos criadores. Vich, agora pareceu título de programa da Discovery...
Quem topa uma excursão a Melbourne?
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Para descobrir qual foi o quarto sushi que eu gostaria de comer, aqui.
Deixa da gueixa
" Let me shoyu "
E se ela quiser fazer aquele charme de gueixa, solta esta frase antes:
"Me-so-shy..r-u?"
Para quem estiver com fome neste momento, dois itens do cardápio japonês nas duas frases destacadas acima não terão sido meras coincidências...
Informação palíndrômica
Talvez seja uma das procuras com 7 palavras que acharão mais referências no Google.
É claro, isso se você não sacanear e colocar numa mesma busca palavras como sexo, mulher e futebol. Isso, isso, eu fiz o teste...colocando menos de três destas palavras famosas, e quase nenhuma conseguirá o efeito conseguido na busca da frase " socorram-me, subi...".
Como diz o Jô, realmente uma informação importantísima para o mundo...
Pra quem ainda não teve contato com os palíndromos, leia esta frase de trás pra frente.
sábado, dezembro 23, 2006
A Conversa-21
Pai: Aqui está, meu filho.
A Criança de 2 anos recolhe a pilha, sai andando. Três segundos depois, se vira, olhando para o pé do pai:
Criança de 2 anos: Obrigado, pé.
E continua caminhando, de volta para a brincadeira onde estava antes.
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Para chegar à Conversa-20, clique aqui
sexta-feira, dezembro 22, 2006
No futebol algumas coisas rimam
No futebol algumas coisas rimam
Barcelona com ir pra lona
Colorado com gramado
Pato com mais novo fato
Ceará com Ronaldinho não marcará
Iarley com este time regerei
Clemer com nada a temer
Alex com onde estão os beques
Passou Gabiru, beques foram tomar...
Chimarrão, com Fernandão, Capitão
A solução não estava no céu
Estava no banco, o mel do Abel
Na grande final, o melhor do Mundial
Foi gaúcho, e não foi o Ronaldinho
No futebol algumas coisas rimam
Alguns times só remam
Outros reinam
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( não sei quem foi o autor da foto, pronuncie-se autor...)
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Noel, Noel
Gorro socorro na cabeça de inocentes
Ausentes, presentes, ausentes, presentes
Noel é só um, mas está em todo lugar?
Noel forçado, Noel pegando o peru
Pagando o pato
Noel sentado, balas para todos
Noel magro, de travesseiro atravessado
Noel gago, de humor disfarçado
Noel de saco vazio, levaram as balas
Noel de saco cheio
Voyage, Voyage, Hou, Hou
Não ande muito rápido entre lojas
O risco aumenta de causar um furo
Noel Gremlin, acrescente uma gota
de vinho, de saliva inacreditável
Multiplicam-se em horário comercial
Verás que os pais teus não fogem á luta
A luta da lenda que garante
O pão do próximo dia
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Poefrase-9
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Para voltar no tempo um pouquinho, aqui está a Poefrase-8.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Inaugurando Matilde
Sim. Pois amigos viajantes ao desconhecido ( nomenclatura para um querido grupo de amigos nossos), babem. Fui o primeiro viajante ao desconhecido a viajar na Matilde, nome provisório para a Kombi que o Lino está usando em sua viagem brasileira. Não sabemos até quando o nome será provisório, mas quando perguntado por meu sogro sobre qual seria o nome de sua Kombi, o Lino já soltou logo " Matilde". Devia estar lá no seu sótão cerebral, esperando para sair. Por isso, acredito que deve ficar. Mas sem pressões...
Voltemos então a esta foto. Estava eu na piscina do Hotel Veredas em Paracatu ( sim, voltei lá ), quando na saída encontro com este querido amigo da foto aí ó, o Lino.
Como vocês podem ver na foto, tive que censurar com uma " tábua branca" a outra tábua, por não saber quais efeitos causariam em todos os que colocassem o olho nela.
Pois finalmente conheci a " Matilde", essa Kombi maravilhosa, a mais " fashion" das estradas brasileiras, bela companhia para meu amigo.
À noite fomos para o local do show, onde o Lino entrou como sendo meu " personal manager". E parece que o nome dado a ele fez com que ele encarnasse no perfil. Tirou fotos maravilhosas, que devido ao fato da fonte de ter queimado , não puderam ainda serem reveladas ao mundo. Mas na próxima parada do Lino de sua viagem, ele nos mandará as fotos, e eu devo publicar uma delas aqui.
Horas depois, acabado o show, não esperamos o desmontar dos equipamentos ( vocalista é folgado, não tem que carregar nada, sai antes de todos, e ainda atrai as atenções do público) e saímos andando pelas ruas de Paracatu até chegar no hotel.
Já foi uma primeira viagem ao desconhecido, a pé.
Uma dormida, um café da manhã poderoso, onde aprendi vendo o Lino devorar quase uma dezena de frutas que a viagem está fazendo muito bem a ele. O modo de vida natural que todos devíamos ter, mas que cedemos aos " encantamentos " dos refrigerantes.
Enfim, a viagem, Paracatu-Araxá.
5 horas na Matilde.
Calculei, num determinado trecho da viagem ainda testemunhando a beleza das chapadas perto de Paracatu, que ficamos 12 minutos sem passar por outros carros.
Ou seja, recomendo esta estrada aos amantes das viagens de carro.
É o trecho entre Paracatu/Guarda-Mor/Vazante/Coromandel.
Maravilha.
Hoje, o Lino não está mais aqui em Araxá, destino final-temporário desta viagem relatada aqui.
A viagem continua.
Assim como continua o crescimento deste amigo tão especial, que encontrou nesta viagem outras almas tão especiais quanto Adeline e Romain, pessoas marcantes, e que em relato linesco, me fizeram chorar de emoção.
A fonte queimou
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Boca
Boca seca
Boca cheia de balas de laranja
Piscina divertida de sabores
Boca seca
Boca encontra a outra boca
Amor com aroma
Boca doce
Boca almoça um pouco tarde
Equilibrio ameaçado
O doce da boca doce
Se fosse aos rios em outro doce
Flutuaria abrindo aftas
Aftas ardem
Boca oca estrada afora
Boca de afta estrada brasileira
Boca de rios
Buracos nos sorrisos
Faltam dentes nas bocas descontentes
Dentes e buracos nas bocas
Nas estradas ocas desvios
As raízes toleram seguram
Boca segura a outra boca
Bocas se reencontram
Volta o doce que antes fosse
Boca seca
Sem buracos boca de rios
Volta a fluir, rápida ávida
Boca seca
As balas de laranja no fim
Garantem o sim
Boca
La boca
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Foto para ilustrar de Libertinus Yomango
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Frase Quente Boleira
Escutando todo o alarde da imprensa em relação à magia do futebol apresentado pelo Barcelona hoje de manhã, onde praticamente " tiram" as chances do Inter de ser campeão mundial, ele soltou esta pérola:
" O único que morre de véspera é o peru. E o craque do Inter é o tal do Pato. "
( Fabiano Miri)
Frase tão mágica quanto as jogadas do Ronaldinho Gaúcho.
Tudo se resolverá no Domingo...
A conversa-20
A Sóbria Descartante: Que nada, essa pimenta não arde.
Pausa para saborear. Depois de segundos poucos...
O Gourmet Antecipante: Ahn, não arde mesmo. Foi alarme falso!
A Sóbria Descartante: Essa devia chamar pimenta mal-aguenta: até quem tá mal, aguenta. Fraquinha.
O Gourmet Antecipante: É, fraquinha...
Para uma conversa um pouco mais apimentada, confira " A Conversa-19", a última antes desta.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Sanitário do sanatório
O sanitário do sanatório entupiu
Ficou nele muitos restos carregados
Neurônios, bolinhas de papel
Bonecas, tristezas
E o céu que nunca vinha
Inventaram histórias de jornal
Colocaram comprimidos esquecidos
Esquisitos, esquisitos
No espaço, congestão, congestionado
Não há laço com ninguém
Só a treva escuridão
Vem mais um interrogatório
Logo mais ao entupir
O sanitário do sanatório
Não há mais onde sair
Era o último destino
Travou...
Inspirado na foto de Carlos Henrique Machado
terça-feira, dezembro 12, 2006
Papo de barbeiro
Joãozinho Veterinário de um lado, fazendo o " serviço" com o Menestrel.
Barba e cabelo pro Joãozinho Veterinário hoje.
No outro cadeirão, senta Manoel da Padaria.
A turma de sempre.
Barba, cabelo e bigode, no caso do Manoel.
O Loiro é quem comanda os serviços neste cadeirão.
De um lado, um grande perguntador como o Manoel.
Do outro lado, grande proseador o Joãozinho. Sabedoria animal.
Anos de experiência na veterinária, além do ouvido afiado no barbeiro, capturando os causos todos.
Manoel se vira e lança:
- Joãozinho, quantos anos você tem?
Joãozinho aproveita o cruzamento e escora de cabeça, numa rápida trajetória até o gol:
- Manoel, espero que pelo menos uns trinta.
Manoel solta a risada irônica:
- E na outra perna? Trinta também?
Joãozinho fazendo aquela cara de " eu sabia que seria mal-interpretado-mas-o-efeito-era-este-mesmo". Desta vez, dominando a bola no meio-campo e entrando no gol com a bola e tudo:
- Caro Manoel, você me perguntou quantos anos eu tenho. Esta pergunta me faz pensar em só uma coisa. Quantos anos tenho " pela frente". Se você tivesse me perguntado quantos anos eu já vivi, teria recebido uma outra resposta. Mas do jeito que eu vou indo, trepando todo dia, sem fumar, caminhando lá na beira do lago cinco vezes por semana, e ainda com a peteca aos Sábados, calculo: pelo menos uns trinta.
Manoel, como bom ouvidor das prosas do Joãozinho, confirma a aceitação da explanação:
- Faz todo o sentido, Joãozinho. Aliás, o que faz, sentido nesta vida pra você?
Joãozinho, aumentando ainda mais o placar:
- Manoel, sua amizade faz todo o sentido. A barba e cabelo do Menestrel faz todo sentido. E não é pela barba e cabelo. É pelo clima daqui. A vida não é só um grande resultado financeiro. Tem o social. Tem o barbeiro. E o boteco do Clarimundo. Ano que vem eu programo uma viagem com a patroa. Grande companheira a Terezoca. Vamos viajar de navio, tirar as teias do paletó, que tá conseguindo ter mais pó que aquela mesinha ali do Menestrel. Revista Manchete, Menestrel, até hoje? A Luiza Brunet tava começando, olha lá ela, com 18 anos. E o que dá pra gente ler, o resto já tá tudo rasgado. Você tinha que virar médico, Menestrel.
Era esse o sonho do Menestrel. Mas a barbearia foi uma herança do pai, Seu Salustiano.
A vida passou, e ele continuou fazendo barba, cabelo e bigode.
Todos os dias.
No caso do Joãozinho, só barba e cabelo.
Hoje foi a pergunta de número nove mil, quatrocentos e vinte e dois do Manoel.
Menestrel renunciara a prosa, e tornara-se uma figura folclórica.
Folclore,matemática e silêncio.
Coisas de barbeiro.
domingo, dezembro 10, 2006
Um poema da Nadja Soll
sábado, dezembro 09, 2006
Miraku, no Fundinho
Fui sequestrado. Um sequestro do bem. Pra quem estava acostumado com minhas postagens diárias já há mais de um mês, deve ter estranhado não postar por mais de 24 horas. Neste sequestro amoroso, fomos conhecer um restaurante que já estava em nossos planos há muito tempo. E não nos arrependemos. Somos adoradores de comida japonesa, e o Miraku nos ofereceu um belo shimeji, e um combinado com sashimis belamente cortados, fininhos, robalo com limão, salmão, atum, filadélfia, enfim, um banquete completo. Enfim, recomendaremos o restaurante a muitos e muitos amigos e conhecidos, sempre que surgir o papo " Uberlândia/restaurantes bons". Isto, não deixei nenhuma dúvida do quanto adorei este restaurante. Agora deixa eu falar daquela parte que eu não resisto, a das tiradas estapafúrdias. Esta eu nem me esforcei tanto, quando juntaram as duas palavras, já caí na risada.
Pois vejam só que o endereço do Miraku é Rua Coronel Manuel Alves, no Fundinho, um bairro de Uberlândia. Voltemos, voltemos, rewind...
Pois então o restaurante é o Miraku, no Fundinho.
Foi o restaurante com o nome mais anal que já fui em minha vida.
E se ainda falamos que o Miraku fica lá no Fundinho, na Coronel Manuel Alves...aí que os familiares do coronel que dá nome a esta rua não devem gostar muito.
Pois caros proprietários do Miraku: me ofereço a pensar num outro nome para o endereço.
Ou deixar este mesmo, pois idéias estapafúrdias como esta não surgem todos os dias.
E eu não estou aqui para tirar clientes deste restaurante.
Pelo contrário: os nomes Miraku, Fundinho, Uberlândia e comida japonesa estarão registrados nas buscas da Internet, num local só.
E quem entrar aqui, ao buscar por estas palavras, verá belos elogios ao local, e à sua comida.
Mas a brincadeira com os nomes foi irresistível.
Só menos que a comida do restaurante.
Na volta do sequestro do bem, nos deparamos na estrada com este belíssimo arco-íris.
Lá no fundinho...
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Constatação ortopédica
( Fred Neumann)
Tripedalando
Não esquente
A cabeça da gente
Quase em outra fase
Não arrase
O rival desde a base
Mais animada
Não retarda
A balada dançada
Depois dos mil ois
da chuva de arroz
o momento a dois
Os suspiros sem nexo
Sozinhos no anexo
Burilando o sexo
Metamorfoseando
Emváriasfasesamando
Ando
terça-feira, dezembro 05, 2006
A Conversa-19
Falando baixinho. Mas alguém conseguiu escutar...
Dona da floricultura: Meu bem, você vai querer usar aquele Viagra que te dei?
Dono da floricultura: Não. Quero te engravidar pelos meios naturais mesmo...
(risos mútuos)
Dona da floricultura: Ah, vamos usar antes que ele fique velho...
Dono da floricultura: Velho o que? O meu pinto?
Dona da floricultura: Não, o Viagra!
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Quer saber como foi " A Conversa-18" ? Clique aqui.
Divagando sobre Babe
Quem tem filho pequeno especializa-se certamente nesta " arte ": a de assistir determinados filmes infantis por 15, 20 vezes seguidas.
Desta vez foi Babe. Eu que não presto muita atenção a erros de gravação nos filmes, prestei neste. Quem for assistir ao filme ( o primeiro, de 1995), ... repare que em algumas cenas o Babe está com as patinhas sujas. Em outras cenas, às vezes integrantes de uma mesma corrida do porquinho pela fazenda, as patinhas estão limpinhas. Aí fiquei pensando o porque disto. Cheguei a algumas divagações:
- Será que os produtores do filme davam um banho completo no porquinho Babe, para que ele ficasse mais " apto" a aceitar os pedidos de poses, bocas e interpretações de roteiro que os produtores e diretor pediam?
- Será que só erraram mesmo? Em algumas cenas ele estava com as patinhas sujas, em outras não, será que foi isso?
- Será que os produtores deixavam as patinhas limpas para determinadas cenas, onde a luz era mais intensa, dando um ar de filme clássico e de estrela hollywoodiana ao Babe?
- Será que os produtores já estavam prevendo uma explosão dos blogs mundo afora cinco anos depois, e imaginando que blogueiros como eu fossem falar disso, resolveram criar este "erro de filmagem" pra ser comentado anos a fio...?
Juro que eu acredito nas quatro hipóteses...e você?
domingo, dezembro 03, 2006
Pós Paracatu
( termina neste o trio de postagens sobre Paracatu. Espero que tenham gostado)
Existe uma diferença entre turismo e curiosidade.
Se você fica numa cidade por algumas horas, e no único momento livre que tem, a chuva castiga a cidade, aí é curiosidade.
Mesmo assim, saí do hotel para conferir o centro de Paracatu. Não resisto. O que achei:
- Afonso Arinos não achei.
- Três igrejas evangélicas no mesmo quarteirão.
- Um lugar que se diz cantina, mas que oferece comida a quilo. E não é decorado por verde e vermelho.
- Uma loja de langames, com " Virtual" no nome...parece linguagem universal colocar nomes iguais em determinados tipos de comércio. Por ter caminhado à noite, não vi lojas de tecidos com nome de " Mercadão dos Tecidos". Ou locadoras com o nome de " Cine Vídeo". Desculpem-me se algum feliz proprietário de lojas com estes nomes acharem esta postagem nas buscas. Mas não resisto. E vale como dica para pensar em nomes mais criativos.
Voltei ao hotel depois de alguns vários pingos de chuva.
O instinto turístico-curioso aliviado.
Cenas do hotel que posso contar:
- Um hóspede reclamou que o preço estava igual aos Íbis e Parthenons da vida, mas que a qualidade não chegava ao chinelo deles. Concordo, mas mesmo assim me diverti.
- Só tinha uma moça atendendo a todos no restaurante do hotel. Ficou maluca. E pegou manhas de rapidez como: de pança cheia, ao agradecer a ela pelo serviço, me respondeu: " tudo bem". E só. Deve ser truque pra poder atender o próximo cliente. Como não sou dependente do humor dela, dei risada. E o filé mignon com fritas, arroz e ovo estava delicioso. Como este prato é simples, e como agrada em cheio aos esfomeados na maioria das vezes.
- O Romário passou a segunda partida lá na Austrália sem marcar gols ( a outra postagem nostrafredâmica sobre o Baixinho aqui ). Mas com um time como o Adelaide, haja faro de gol pra não passar em branco. Vi essa partida na TV a cabo do hotel. É, ele tem algumas coisas boas sim.
Depois do hotel, veio o show. Alguns detalhes:
- O moço do som dormiu em cima da mesa de som. Fiquei preocupado com a aparelhagem dele, pois deve ter entrado em contato com sua baba não desejada.
- Não gosto de gelo seco em cima dos artistas ( essa sim, pode ser lida por todos os produtores de som. Afinal, engasga qualquer cantor. Não façam isso com os coitados dos cantores). Mas gosto de gelo seco nos cocktails. Me diverti com uma batida de cajú e seu gelo seco no lugar certo.
- Não existe show em que não peçam Raul Seixas ou Legião Urbana. Que bom, eu gosto e temos músicas dos dois no repertório, apesar de nem sempre tocá-las.
O ouro subiu 7,23% em Novembro. Fico feliz, pois assim o contratante do show, que tem no ouro sua principal atividade, poderá nos contratar muitas outras vezes. Assim espero.
* Nesta foto que tirei lá no restaurante do hotel, o filé mignon já tinha quase desaparecido. Não pensei em tirar foto antes. A fome era grande.
sábado, dezembro 02, 2006
P.P.P.
Show foi muito bom, para a empresa RPM, ou Rio Paracatu Mineração.
Povo tava muito satisfeito, fim de ano, festança, fartura.
Em Paracatu, não encontrei com familiares dos Afonso Arinos.
Mas não deu tempo de procurar.
Postagem aqui, muito rápida.
Motivo: outro show, hoje em Araxá.
Saída em 5 minutos.
Fim-de-ano, todo mundo quer se divertir e celebrar.
Hoje festa Anos 80. Outro repertório.
Espero que a mesma animação de ontem.
Acho que vai ser sim.
Bom fim-de-semana a todos,
Fred
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Próximo destino:Paracatu
Nunca fui a Paracatu. Hoje será a primeira vez.
Cantarei lá.
Cidade de Afonso Arinos.
Mas um momento: em qual Afonso Arinos você está pensando?
Este talvez seja o tio daquele que você está pensando?
Esclarecendo: eu vou na cidade de Paracatu, onde nasceu o escrito Afonso Arinos, tio do jurista Afonso Arinos, autor da Lei Afonso Arinos que proíbe a discriminação racial no Brasil.
Já por isso prestarei minhas grandissíssimas homenagens à esta casa. Quero beijar suas paredes.
Mas você acha que acabou por hoje sobre Afonso Arinos?
Resposta negativa. E impressionante.
Existe o terceiro Affonso Arinos . E este é vivo, tendo 76 anos hoje, e nascido no mesmo 11 de Novembro do meu amigo Cláudio Borges. Filho do Afonso Arinos da bela lei.
Trata-se de uma postagem absolutamente imortal.
Afinal, os três Afonso Arinos são imortais da Academia Brasileira de Letras.
Todos os três têm o mesmo nome completo: Afonso Arinos de Melo Franco.
O último Afonso Arinos tem um "f" e um "l" a mais do que os outros.
E eu nem cheguei ainda em Paracatu.
Só ouvi falar coisas boas de lá.
No Sábado conto pra vocês, se os deuses quiserem.
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Foto, pelo que eu entendi, é de autoria da Prefeitura Municipal de Paracatu.
Poefrase-8
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Se somente esta poefrase não te satisfez, não tem problema. Aqui está a Poefrase-7
quinta-feira, novembro 30, 2006
A conversa-18
Senhor Não Sóbrio se dizendo Doente: Hugh, eu gostaria, hugh, de saber, hugh, se alguém poderia, hugh, me dar um real para comprar um remédio.
Senhor Sóbrio: Meu senhor, vá até à avenida tal, onde acharás a Farmácia Municipal, que lhe dará remédio de graça.
Senhor Não Sóbrio se dizendo Doente: Ah, hugh, tá, obrig-hugh, ado.
Sai da empresa. Começam os comentários. Um deles abaixo.
Senhor Sóbrio: Se ele tivesse me pedido um real para comprar uma cachaça, eu teria dado. Gosto de premiar a sinceridade.
Outro Senhor Sóbrio: É, mas quero te relembrar que da última vez que você fez isto, o nobre bebum quase te consagrou rei. Bem capaz dele te reconhecer daqui a cinco anos, no meio de um Mineirão lotado, e dizer: esse é o cara! Gente, hugh, boa!
Senhor Sóbrio: É, faz sentido...
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A Conversa-17 tinha como tema a greve dos bancários.
quarta-feira, novembro 29, 2006
Tour de Blogs-3
Já estava sentindo falta de fazer uma Tour de Blogs, quando fui ver que se passaram dois meses e nove dias da última. Tinha então razão de ter saudades. Tanta coisa se passou. Quem conhece este blog há menos de dois meses não fez a tour comigo. Então vamos?
A Tour de Blogs consiste de agradecer pela generosidade de tantos blogueiros que colocam outros blogs em seus links favoritos. Sendo assim, escolho um blog favorito da minha lista, e começo a Tour de Blogs.E a Tour vai até um blog não oferecer links para outros blogs, ou a postagem aqui ficar grande demais.
Hoje vou começar por Salvador, que tenho dito ser a capital brasileira dos blogs, já que lá brotam blogueiros talentosos de todos os cantos e estilos. Começo pelo O Sibarita . Vamos ver o que tem lá....ah, maravilha, o segundo vídeo da Volante do Sargento Bezerra, mais uma banda incrivelmente talentosa vinda da terra de Jorge, o Amado. Degustem o vídeo e logo abaixo um belíssimo soneto do Siba.
Vou para os favoritos do Sibarita. Os critérios de sempre: um link para onde nunca fui, e que achei o título mais sugestivo da lista. Então escolhi A Professorinha , afinal sempre podemos aprender algo mais com os professores. O título do blog é belo: porque ensinar é dar da nossa vida...
Na mais recente postagem da Professorinha, uma triste constatação: a falta de respeito dos alunos com os nossos mestres. Um professor super carismático, amigo meu de infância, reclama do mesmo. Ainda que os alunos o amam, em sua visão crítica, a coisa anda preta mesmo.
A Professorinha é de Portugal, internacionalizando a nossa viagem. E do blog dela, escolhi o Pitanga Doce , um nome que me atiça a curiosidade, pois não imagino sobre o que ele fala. Pode ser de culinária, vamos ver...
Não fala de comida como tema principal. Fala do cotidiano carioca, e a última postagem comenta a música " Valsinha ", do Chico Buarque, carioca dos bons. Pitanga é o nome da autora. Prazer em te conhecer.
Da Pitanga Doce, eu escolhi o Paul dos Patudos, por achar ser o nome mais engraçado da lista de favoritos da Pitanga.
Mas lá achei fotos de algumas obras de arte, natureza viva, natureza morta, e nossa Tour de Blogs acabou-se lá, pois não oferecia uma lista de blogs amigos.
Fica a sugestão, já que o blog dela é bacana.
Até a próxima Tour de Blogs!
Fred Neumann aventurou-se aos 199.360 artigos em português da Wikipédia.
A foto é do perfil do Sibarita, cujo blog iniciou a Tour de Blogs-3.
Para fazer a Tour de Blogs-2, clique aqui
segunda-feira, novembro 27, 2006
Escrevo
Com a torneira fechada pra não sair a água do futuro
Água de beber ao lado, pois suco traz formigas
Elas entram nos bytes, e dão mordidas neles
Que trazem apagões na hora que não salvamos
Escrevo cercado de livros e cd´s, virgens ainda
Ou trazendo coleções de artistas encontrados
As teclas estão cercadas de sons, e poeira
A letra "e" às vezes falha, é esbofeteada, nada
Volta com calma, e me permite escrever "elegância "
Escrevo sem saber a próxima palavra, estrada
Ás vezes de terra, ou asfaltada, mas sem placas
Ruas que encontram povoados, onde estão todos
Os velhos, os cegos, os preguiçosos ou coloridos
Pessoas reinando no meu inconsciente até surgirem
Escrevo por motivos diferentes dos de amanhã
Aquecendo como lã ou esfriando como raspadinha
Sigo uma linha que se torna uma curva em segundos
Por motivos profundos ou distrações momentâneas
E se consigo afetar as subcutâneas sensibilidades
Escrevo pois te imagino lendo com um sorriso
Quem sabe um dia horroroso se pinta de amor
Assim que retribuo por conversas inspirantes
Mas entendo o silêncio, se dele não ausencio
Parto como navio, mas volto com palavras
domingo, novembro 26, 2006
Você é fã de chocolate mesmo?
Descobri este interessante teste do chocolate, que nos diz se realmente sabemos tudo sobre chocolate ou não.
E se erramos a resposta, o teste nos dá dicas e mais informações sobre chocolate.
Ou seja, se você chegar ao teste sem muita informação sobre as origens do chocolate, tudo bem.
Será um bom local para aprofundar mais a chocolatria.
E o inglês também.
Bom, se precisar traduzir, tá aqui um tradutor.
O mais legal do teste é que, na medida que você vai acertando as respostas, o teste vai avançando no tempo, na história do chocolate.
Posso agora com orgulho dizer, que sou um cidadão mais chocolatizado.
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Fred Neumann chocolatou mais uma vez, aos 198.948 artigos em português da Wikipédia.
Para conhecer um dos " chocolates que eu gostaria de comer", clique aqui
Se não fosse, seria...
Algumas palavras neste mundo nos dão uma certeza quase absoluta de que, se elas não fossem o que são, seriam outra coisa bem diferente.Óóó...mas quero deixar claro que isto é coisa minha. Podem haver coincidências com as listas de vocês, e isto comprovaria que não estou cem por cento maluco. Estou aqui na torcida, pois assim não dou motivos para um internato forçado lá em Barbacena...
Listei algumas delas que me intrigam já há algum tempo:
Centopéia: eu escuto esta palavra, e na mesma hora penso em " senta o pé". Bom, falta de pernas não seria o problema, já que podem ter até 191 pares delas...
Pindamonhangaba : eu sempre penso em uma mistura de palavras numa só, que escuto o nome desta cidade. Algo como " pindura a pamonha e a mangaba " ou " pinta a mona e gaba".
Ambigüidade : justo ela! Pois ela me lembra que o umbigo também faz aniversário..." umbigo idade".
Melancolia: essa aí não é nem minha. É uma prova de que Billy Corgan não é maluco cem por cento.Ou que nós dois somos. Ele bolou o título " Mellon Collie and the Infinite Sadness" para um dos álbuns do Smashing Pumpkins, título que embora não tenha nada a ver comigo, me faz concordar que melancolia tem a ver com " melão colhia". Um ex-agricultor que saiu do campo pois não aguentava mais ver melão na frente.
Clarividente: quem é clarividente enxerga coisas que a maioria não vê. Mas quando eu olho pra esta palavra, penso na hora: " claro e evidente". O total oposto do siginficado dela...
Existem outras, mas prefiro não revelar toda minha insanidade de uma vez.
sexta-feira, novembro 24, 2006
I mameluco me
Pensei, ele deve misturar todas as línguas que conheceu, e dobrando a sua própria.
Acho que seria assim a canção:
I, mameluco meeeee
Caminando deliciante con my loooove
Jo caipiro con las siete de one timeee
Sheiké bari pelas ruas down at nighhhhht
Carmenzita que te quiero in my heart
Live so long para beijar-te mucho maiiiis
Bamos sentar aca, en la plaza de lo fiiiire
( bah, Gary, levanta daí, você vai passar mal!)
All right, mi querida, esquecida desto louuuco
Mia skin es mas blanca que la sand de Nataaal
Jo me rio, quando jumpo en dromedario
Bem despues del Santiago, the chilenos viva viva
Cá I am, with manteiga de garrafa
Mais garrafa than manteiga
Jo believo soy menteca
Singo mucho, no caningo non, melodia es comigo
Quando drinko lo suco de cajá, ou cachaço con tu
Mi querida Carmenzita, bamo bailá del forró
Era for all ahora I know, hugh, hugh, hugh
( Chega, Gary, você vai passar mal e chamar o Hugh Grant, deixa o cara com as guria dele... o Fred já tem material suficiente pro blog dele, vamos pra casa)
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Agradeço ao casal fictício, o americano Gary e a gaúcha Carmen, por autorizar-me a publicar esta melodia.
Como a Internet é vasta, e já aconteceu uma vez, quando sugeri o nome Clotildiano para as Clotildes e acabei conhecendo a incrível Clotilde Tavares que já usara este nome para uma coluna sua numa revista, aviso desde já caso exista algum casal Gary e Carmen, que não criei tal melodia após conhecê-los, afinal não os conheço, nem sei se tal casal existe. Mas se existir, será um prazer conhecê-los. Seria o segundo caso de ficção inspirada em alguém que não ainda não conheço. Uma beleza.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Notícias do Interior-1
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Araxá presenciou nesta manhã um congestionamento recorde no ano: 112 metros.
A ambulância precisou atender a um chamado em um prédio de três andares.
Demoraram um pouco para subir as escadas.
Como a Rua Capitão Izidro é muito estreita, a ambulância ocupou praticamente a totalidade de sua extensão, não deixando os outros carros passarem.
E assim os carros foram acumulando. Um, dois, três, chegou até a dez carros. A partir do décimo primeiro, sem paciência, os motoristas começaram a dar ré.
Mesmo assim chegaram outros pra ocuparem os lugares dos que se foram.
A fila total ficou em vinte carros, aproximadamente.
No meio da fila, o publicitário aproveitou pra conversar com os pais de um amigo seu, com quem havia acabado de falar.
Os pais deste amigo aproveitaram pra colocar o papo em dia com o publicitário, comentando sobre a busca por uma casa pra passar o reveillon lá na represa.
Enquanto isso, chegou o veterano morador da casa em frente, pra atualizar o papo também.
Comentou sobre o preço alto que o vizinho tava pedindo pela venda da casa, o que arrancou risadas dele. Com o que o vizinho estava pedindo, dava pra construir duas belas casas num condomínio mais afastado ( três quilômetros do centro...).
Realmente os preços das casas antigas do centro estão altos mesmo.
Três carros atrás, um amigo gritou perguntando o que tinha acontecido.
Dois responderam.
Os peões de uma obra na rua também pararam suas atividades pra acompanhar o acontecido.
Como visto, os 112 metros de congestionamento recorde na cidade de Araxá, no ano de 2006, movimentaram a vizinhança.
Estapafurdias-2
E talvez se tivesse este nome, poderia explicar porque às vezes ficamos com a cabeça nas nuvens.
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Para enlouquecer com tanta estapafurdia, recorde aqui as Estapafurdias-1
quarta-feira, novembro 22, 2006
À espera de um avião
* É necessário avisar aos leitores que esperam por um texto sobre a crise dos controladores de vôo de que, na verdade, os personagens deste conto exercitam um outro tipo de espera aeronáutica.
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Faltavam vinte minutos para o avião chegar. O Aeroporto Romeu Zema não recebe muitos vôos diários, talvez dois. Depois de fazer o registro do passageiro, não há muito mais a se fazer na parte interna do aeroporto, principalmente quando sua única lanchonete, não parecendo muito ávida a fisgar clientes, deixa para assar o pão-de-queijo naquele momento que o passageiro já está enganando muito bem a sua fome, e mandando-a esperar mais vinte minutinhos, pois ficou sabendo que o avião fornecerá um lanchinho. Mesmo nesta ditadura de vôos extremamente econômicos. Calimério não resistiu.Até porque passageiro ele não era no dia.Pagou o preço de seis pães-de-queijo da cidade, e levou apenas um, queimando as entranhas da boca e as pontinhas dos dedos que se arriscaram a segurar o maldito. Que estava bom, pelo menos.
Levou-o correndo para o lado de fora do aeroporto, na esperança dos ventos de todos os lados soprarem um pouco a quentura da guloseima.
Chegou no local sagrado para mais outros três colegas seus, que já estavam lá: a mini pracinha do lado de fora do aeroporto, que oferece uma vista perfeita para a pista.
Olegário trouxe seu radinho de pilha de sempre. O que adiava o exercício de memória dos outros três colegas, e ninguém lembrava de trazer radinho também.
O do Olegário era suficiente.
Franklin e Ana Jacinta, na maioria das vezes, aproveitavam aqueles encontros para atualizarem os amassos. Mesmo assim poucos amassos, pois o foco de todos era um só: a chegada do avião.
A coisa funcionava assim: Olegário trazia o radinho de pilha, demorava aproximadamente quinze minutos, mas no final achava a sintonia das conversas do piloto do avião com o aeroporto.
Era o acompanhamento perfeito para os passeios no aeroporto.
Tinham a divertida sensação de serem hackers de aeroporto.
Mesmo as letras e números indecifráveis para outros já eram como familiares antigos para a trupe.
Entendiam tudo que o piloto falava com o controlador de vôo do aeroporto.
Mas isso era apenas o começo.
Certa vez o piloto, numa destas conversas, assumiu que traçara a aeromoça novata ali na cabine mesmo, a vários pés de altura. Perguntara-se na época se ela estava querendo " subir" na carreira. Mas confessou que traçou-a a vários pés de altura, e usou pé também, na área glútea, para despachá-la. A fila andava, dizia nas ondas do radinho o comandante garanhão.
Calimério nunca cansava de contar esta história para seus amigos do bairro Alvorada, onde morava.
A trupe de quatro, sempre à espera do avião do dia, colecionava histórias para contar.
Calimério e Olegário, aposentados.
Franklin e Ana Jacinta, herdeiros preguiçosos que buscavam sempre algo pra preencher aqueles dias intermináveis em Araxá. Sabiam que quanto menos coisas faziam, menos coisas tinham pra fazer.
Naquele dia, Calimério completou a traçada do pão-de-queijo, escutou o radinho do Olegário para as preliminares, e observou o pouso perfeito do comandante garanhão.
Vinte minutos atrasado.
Por preguiça do comandante mesmo. Demorou pra acordar no dia.
Calimério pegou sua bicicleta e despediu-se dos amigos que moravam em outros bairros.
Eram quatro quilômetros até no Alvorada, para fazer a digestão das conversas do dia.
E do pão-de-queijo atrasado.
No dia seguinte lá estará Calimério e a trupe de quatro.
À espera de um avião.
* O uso da foto foi uma cortesia ainda não autorizada do Buteco do Edu.
Atualizando horas depois: cortesia agora autorizada, e eu indico com louvor o Buteco do Edu, e sua defesa pelas coisas simples da vida.
segunda-feira, novembro 20, 2006
A essência que licencia
A semelhança entre amor e paixão não está nas letras
Mas no coração
É a mesma semelhança entre um empurrão e uma colisão
O empurrão pode ser o amor
A colisão se apaixona sem perceber já foi
A diferença entre um boi e uma bóia é que o boi óia
A bóia não óia pronde vai
O boi-amor e a bóia paixão
O porto ou o por tú
Tutu de feijão ou tropeiro tropeçando
A consistência ou a mistura pura do que nunca sabemos
Doemos e dói menos nas dores que vivemos
É boa, quiboa, boa, quiboa
Ensaboa
E há
no ar e na generosidade
a essência que licencia
Notícias que só existem aqui-9
O preço é salgado: foi lançada primeiramente no Brasil, por R$14.000.
Existem versões de 500 metros, 1 e 3 quilômetros.
O felizardo comprador não precisa se agarrar na escada para não cair.
A escada possui degraus largos.
Além disso, possui um dispositivo que, em caso de um passo que não seja para o alto e avante, é acionado, criando uma espécie de puf macio feito com penas de ganso. Especialistas de mercado já chamam este dispositivo de " air-bag mais sofisiticado".
A outra grande novidade da escada é um controle, onde o usuário pode re-direcionar a escada para o rumo que desejar.
O Ministério dos Transportes, Antonio Leonardo, já estuda a possibilidade de criação de um órgão interno específico para controlar o " trânsito" destas escadas invisíveis.
Cogita-se no governo uma provável irritação dele com o Ministro dos Transportes Que Não Existem Ainda, Dambou Dore. Isto devido ao fato deste novo " transporte" ser o segundo a ser criado dentro de apenas um mês.
Nas primeiras 24 horas à venda, apesar do preço alto, foram vendidas 1000 unidades.
A primeira unidade foi vendida a um piloto brasileiro de Fórmula 1, mas a empresa prefere não dizer seu nome. Disse apenas que trata-se de um piloto vitorioso, e que gosta de alemães.
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Se você prefere " notícias que só existem aqui" sobre transportes mais embaixo, a primeira notícia de duas que começou a irritar o Ministro dos Transportes, clique aqui.
sábado, novembro 18, 2006
Quem sou eu?
Quem sou eu? Filho de finos filhos, faço força em felicidade, falo forte aos firmes e ferrenhos, falo de futebol sem falcatrua, festejo os ferinos filósofos, floreio as falas se fitam fortemente, faca fictícia aos falastrões, fondues, filés e fetuccini, fecho esta ficha com Fred, meu nome. É um prazer escrever se o propósito é nobre, ou se a alma não é pobre.
Uma homenagem ao V
sexta-feira, novembro 17, 2006
Nostrafred no tênis-2
A primeira indicação de hoje eu acredito ser de nível " bem difícil" de adivinhação.
A segunda, de nível " fácil".
Rafael Camilo ( tá aí, Ghiza, um brasileiro nas adivinhações deste blog) tem 16 anos, jogou apenas 4 torneios profissionais, e já chegou à final de um. Seu melhor ranking na ATP até agora é o de 932o., no dia 30 de Outubro. A sua idade e o seu ranking ainda fraco fazem desta uma adivinhação " bem difícil". Já a segunda adivinhação é de nível " fácil" pelos seguintes motivos:
Já chegou a 86o. do ranking da ATP com apenas 18 anos. Em seu primeiro ano como profissional, ganhou de Nicolay Davydenko, atual 3o. do ranking. Perdeu por difíceis 3 sets a 2 pro Gaudio em Roland Garros, torneio de Grand Slam que este argentino ganhou em 2004. Ganhou do Carlos Moya, ex-número 1 do mundo, e pra completar ganhou do peruano Luis Horna, que está em ótima fase, tendo ganhado seu primeiro título de ATP este ano.
O nome da fera: Evgeny Korolev
Para acompanhar se eu tenho realmente este dom nostradâmico-salustiano para o tênis, vamos fazer o seguinte:
- Criar o Índice Nostradâmico-Salustiano de Tênis.
- Colocando também Juan Martin del Potro, que foi a primeira aposta que fiz aqui , voltarei uma vez por mês, a partir de Janeiro ( porque em Dezembro o circuito do tênis entra de férias), verificando se estou indo bem no índice ou não.
- Para compor o índice, estarão estes 3 tenistas: Del Potro, Camilo e Korolev.
- Para Del Potro, apostei que ele chegará no Top 10 até Julho de 2008.
Serão 19 meses. Sendo assim, como ele está em 93o. no ranking hoje, para o índice mensal ele terá que subir em média 4,4 posições por mês. Se ele subir 5 posições no mês, contribui com + 0,6 pontos no índice. Se cair 3 posições, contribui com - 7,4 pontos.Em Julho de 2008, encerra-se a saga de Del Potro, sendo substituído por outro. O mesmo vale para os outros dois.
- Para Camilo, apostarei que ele chegará ao Top 100 até Julho de 2011. Como ele está em 934o. no ranking, e serão 55 meses, para o índice mensal ele terá que subir 15,2 posições por mês.
- Para Korolev, aposto no Top 10 também até Julho de 2008. Como ele está em 102o. no ranking hoje, terá que subir 4,9 posições no ranking, por mês.
Eu já tinha avisado a vocês que sou louco por matemática.
A notícia boa para quem não gosta de números, é que tais postagens apenas acontecerão 1 vez por mês...
E por falar em chocolate...
Chocolates que eu gostaria de comer-4
Os 3 primeiros chocolates que eu gostaria de comer ( como o terceiro aqui) foram cem por cento chocolates.
O chocolate de hoje na verdade encobre o pistache, e foi aí que eu resolvi colocá-lo na minha lista de desejos chocoláteos.
Eu adoro pistache, desde pequeno. Não tenho preferência entre iranianos, americanos ou de qualquer outra nacionalidade. Amo todos eles. Cobertos com chocolate então, com uma foto destas, parecendo a piscina de moedas do Tio Patinhas, certamente este desejo aumenta ainda mais.
Estes pistaches com chocolate são vendidos pela Translucent Chocolates, que tem uma linda foto logo na entrada do seu site. Ou seja, quando um produto é de qualidade, ou quando desconfiamos que seja de qualidade, tendo um site bonito ajuda bastante. Afinal, comparemos a um restaurante famoso por algum prato seu. Se o visitarmos, e realmente conferirmos que o prato é bom, mas o banheiro é a residência da maioria das baratas da vizinhança, os garçons têm franquias eternas de mau-humor, e o tempo de espera para a chegadado prato é maior que a dos bancos, devemos desconfiar, até mesmo do prazer que sentimos ao comer o tal do prato. Neste caso aqui não: deve ser um chocolate delicioso. Pelo menos até antes de eu experimentá-lo pela primeira vez. Revendedores dos Translucent Chocolates, afastem as baratas de suas lojas.Traduzam esta postagem para o inglês. Um dia chegarei até uma loja de vocês para degustar este esperado chocolate. Acho que escolherei a Chestnut Hill Cheese Shop - Philadelphia, PA , nome bem saboroso. Acho que vocês erraram na grafia da cidade onde a loja está locada. Lá tá escrito Philidelphia...Mas hey, querer tanta perfeição é demais...ou será que eu estou errado? Conhecedores de geografia americana, ajudem-me por favor.
quarta-feira, novembro 15, 2006
Longas perguntas, curtas respostas
Ou variadamente extenso como as intermináveis partes de uma teia?
Deve atingir todas as vontades e esperanças de arte dos leitores?
Ou decifrar as entranhas malucas de um momento ímpar que vira par?
Se soltar veneno, demora demais
Se for pegajoso, não gruda
Não é diplomata, o poema
Virou matemático, pronto
Um pensamento que começa usa o poema para ser terminado ou alonga-se nele?
Um trecho de vida é eternizado nos versos por onde passa ou apenas interpretado?
Quantas versões existem nos olhos que encaram os versos dos mais diversos locais?
O poema é degustado a seco, ou acompanhado de gostosuras, como o passar de um filme?
Cada poeta, cada sentença
Use-o para o que quiser, caro
Não sei responder a esta
Se alimentar, já vale
Amanhã já serão novas perguntas que terão o poder de crescer a cada momento de formulação de suas palavras?
Vivo para tentar descubrir estas respostas
Até chegar na medula óssea
Colesterol, besteirol
Glicose, fimose
Triglicérides, alteres
Não sei porque sempre relacionei estes dois de cima, nem rimam quase, só som
Sangue, mangue
Mistura pastosa
Intra-venosa, cintura, tontura
Hemácias, acácias
Globulina, Babulina, Jorge Ben
Oxigênio, milênios, vários
Quando acabar
Tudo voltará a antes
do Big Ben
Membrana, anemia
Medula óssea
Doe, ela regenera
Você cria nova era
Na vida
de outra pessoa
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Bem lembrado, Patricia !
Estou na lista dos pretendentes a doar medula óssea no próximo ano.
Fique com Deus, Dudu!
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Imagem vinda do artigo sobre medula óssea da Wikipedia
segunda-feira, novembro 13, 2006
A experiência solitária muscular
Se o lenço enxuga as lágrimas secas
O silêncio umedece a tristeza breve
Os cantos da casa não cantam hoje
Corro com a vagarosa velocidade
Neste trecho de descanso exigido
Exaurido me dedico a nada dedicar
Exilo minha mente no escuro
Procuro a clareza da luz do sono
Entendo os deuses invisíveis
Começo a conversa com as estrelas
Nos quilômetros da distância
Espero o melhor para os queridos
Recolho-me ao meu mundo sozinho
Temporário
Contando a volta da energia em passos
Sempre eles, cadenciados
Assim volto ao mundo
da velocidade a que pertenço
Lá viverei rodeado
Lá e aqui, sem parar
Onde encontro a alegria em folhas
Em árvores
Nos amores do meu peito
E no barulho
Dos músculos novamente rodeados
domingo, novembro 12, 2006
Os gênios esportivos
Mas nunca chega-se a um veredito. Por isso deve explicar-se tamanha popularidade do assunto.
É a discussão sobre os chamados gênios esportivos.
Quem foram gênios em seus esportes, quem foram apenas grandes jogadores?
Qual é a linha de corte?
Um por esporte, dez, oitenta?
Cada roda chega a uma conclusão, que pode mudar na rodada de debates do dia seguinte.
Vejamos por exemplo o mundo do tênis, o qual acompanho com olhos mais atentos.
A qualquer momento que você conferir o ranking da ATP achará pelo menos 1400 jogadores em seu ranking. Ou seja, que fizeram ao menos 1 ponto.
No momento, 74 jogadores brasileiros têm ao menos 1 ponto no ranking.
São os vitoriosos do momento, pois mais de 300 outros têm pontos no ranking da Confederação Brasileira de Tênis, a CBT, mas não têm pontos na ATP.
Coloca-se então os 33 anos de era profissional do tênis.
Multiplica-se por 300, que são os jogadores que não conseguem entrar no circuito, em um país como o Brasil.
São aproximadamente 50 países, que como o Brasil, ficam com uns 300 jogadores sem conseguir um lugarzinho no ranking da ATP.Ou seja, tentam por 1 ou 2 anos ganhar um pontinho, e desistem da carreira profissional ao não conseguir.
Fora alguns outros países, que entram em média com menos jogadores nesta conta.
Pode deixar, eu faço as contas aqui.
Seriam 495.000 jogadores.
Mais uns 20 mil tenistas aproximadamente que já fizeram ponto na ATP algum dia.
Temos então um total de 515.000 tenistas que já batalharam para um dia serem considerados gênios do tênis.
Qual então seria a porcentagem de tenistas que poderíamos considerar gênios do esporte?
0,1% ? Bom, teríamos então 515 jogadores.
Muito? Vamos então a 0,01% dos tenistas.
Chegaríamos a um número de 51 jogadores.
Para muitos seria um bom número.
Mas se olharmos somente para quem já foi vencedor de algum torneio da série Grand Slam, chegamos a apenas 46 vencedores.
Na minha opinião personalíssima, eu ainda tiro 7 dos vencedores de Grand Slam, e chego a uma lista de 39 gênios na era profissional.
O que é pouco para alguns, e uma conta alta demais para outros.
Meu amigo tádoido ( ou ser que vive na lista de discussão chamada TDO, grupo de amigos do qual faço parte, que se conhece há quase 10 anos) Conrado Cacace , acredita que em qualquer esporte, não podemos considerar como gênios mais do que 10.
Se formos para o futebol, sob a visão cacaciana, ou seja, colocando-se só 10 gênios, eu teria que escolher Pelé, Maradona, Ronaldo, Garrincha, Romário, Cruijff, Beckenbauer, Zidane, Puskas e Di Stefano. Deixando Zico, Platini, Ronaldinho Gaúcho, Tostão, Matthaus, Rivelino, Baggio, Gerd Miller e trocentos outros de fora.
Se formos para o basquete, no seu famoso Hall da Fama, são até o momento 258 jogadores eternizados como gênios que mereceram um lugar lá.
Ou seja, cada esporte, cada pessoa, cada roda de debates chega a uma conclusão.
Que amanhã pode mudar.
E você, tem sua lista particular de gênios esportivos?
sábado, novembro 11, 2006
No elevador
Meia-noite e meia.
Lico Maranhão, 44 anos, voltava pra casa de um longo dia de trabalho em seu escritório de arquitetura.
Cláudia Nogueira Flor, 23 anos, depois de 4 horas de aulas de Direito, entrou também no elevador.
Lico mora no 7o. andar.
Cláudia no 15o.
O elevador os levava normalmente para casa, até chegar por volta do quarto andar, quando parou.
Não era a primeira vez. Elevador velho. E a empresa que fazia sua manutenção sempre muito criticada.
Começa a conversa, não tem como evitar o silêncio comum a duas pessoas sem muito saco depois do longo dia. Comum se o elevador estivesse funcionando...
Antes da conversa, explico: Lico é um daqueles arquitetos arrojados, com pensamento lá na frente. Malha todos os dias, joga badminton duas vezes por semana.Moreno, bem torneado para a idade. Cláudia é mais séria, consequência da preparação pra ser advogada. Mudou até o tom de voz nos últimos anos, só de pensar em convencer os juízes e promotores. Loira, magra, mas não menos convicente fisicamente.
Lico: Xi, mais uma vez o elevador nos pregando uma peça, não é?
Cláudia: Pois é...
Lico: Será que vai demorar muito? Mês passado aconteceu isso. Fiquei aqui 10 minutos e tudo se resolveu. Mas a coisa tá ficando mais frequente...
Cláudia: Essa é a primeira vez que acontece comigo. Tomara que se conserte logo.
Não consertou. Passada 1 hora, com o ar condicionado interno já não ajudando mais...
Lico: Uma e meia da manhã. Todo mundo dormindo. O porteiro também, né, tenho reparado no seu Astolfo. Sempre acorda assustado quando eu chego.
Cláudia: E o pior é que eu tenho estágio amanhã cedinho.
Lico: O que vamos fazer? Já te contei do meu dia de trabalho, da minha família toda, ex-mulher, meus dois filhos. Contei das minhas férias. Você também já me relatou boa parte de sua vida recente.
Cláudia: É, há males que vêm pro bem.
Lico: Eu gostaria de pedir para tirar minha camisa. Tá começando a ficar quente. Você se incomoda?
Cláudia: Bom, o que posso dizer? Tá quente mesmo. Fica à vontade. Vou tirar meus saltos altos, que estão me matando.
2 da manhã...
Lico: Será que fomos esquecidos aqui? Caramba. Cláudia, eu sei que fica estranho, mas não estou aguentando. Posso tirar a calça?
Cláudia: Eu já não sei o que pensar, Lico. Tá ficando bem quente por aqui. Tira, tira. O chato é pra mim. Sou mulher, e já encharquei esta roupa.
Lico: Olha só, Cláudia, estamos numa situação anormal. O que eu posso te falar é que não sabemos quando alguém nos socorrerá. Então creio que teremos que alongar o tempo. Esta sua roupa toda aí não vai ajudar. Com todo respeito. Fica tranquila. Apagarei da minha memória o que aconteceu aqui.
Cláudia: Ai, ai, paciência então. A coisa tá difícil.
E Cláudia tirou a saia, e a blusa.Olhares foram trocados.
Passou mais meia hora.
Lico: Cláudia, acho que esqueceram da gente. Tá difícil ficar aqui sem nada pra fazer. Que tal se eu tirar a cueca, e você tirar suas peças que ainda restam? Não, não, péra aí, calma, é como eu te disse. Devemos esquecer o que se passou aqui. É tudo atípico. Pelo menos uma visão nova pode nos acalmar.
Cláudia: Caramba, e eu que nunca tinha imaginado como é difícil estar nessa situação. Mas não tiro sua razão. Pelo menos não fiquei presa aqui com um velho gordo. Eu topo.
Cláudia ficou nua, depois de Lico.
Lico: Com toda sinceridade, Cláudia, você é a mulher mais bonita deste prédio. E com toda a licença que eu posso te pedir, os teus seios estão entre os mais bonitos que já vi.
Cláudia, quase roxa de vergonha: Aiiiii, aiiii, aiiii. Obrigada!! Caramba!! Você também tem um corpo que eu vou te contar...
Lico: Vamos passar o tempo então? Posso chegar mais perto?
O tempo foi passado. Duas horas. A imaginação dos dois, aguçada pela situação, proporcionou uma selvageria, onde inexplicavelmente o elevador não caiu. Sexo puro, curioso, inalcançável.
Não fosse o Beto do 10o. andar chegar de uma festa em plena terça-feira, às 4 e meia da matina, o início do romance de elevador de Lico e Cláudia jamais teria fim. Pelo menos pra eles.
A partir deste dia, e com mais alguns meses, Lico e Cláudia passaram a economizar um dos aluguéis.
3 Perguntas Políticas
2-No Brasil, governar para os pobres seria cortar impostos de produtos como o pãozinho, Presidente?
3-Ou cortar impostos dos combustíveis, que levam os pobres ao trabalho, já que se tivéssemos os impostos de combustíveis do Chile, o preço do litro da gasolina cairia em aproximadamente 1 real?
sexta-feira, novembro 10, 2006
Da manteiga ao oxigênio, e volta
Existe uma boa semelhança entre a manteiga e o ser humano.
A manteiga é muito mais humana que a margarina, por exemplo, que se parece mais com o plástico. Ao menos nas lendas da web...
Basta acrescentar uma mólecula, e teremos uma ex-margarina, atual plástico.
O que nos faz lembrar as plásticas.
Que faz os seres humanos menos humanos, mais emplastificados.
Com uma pequena interferência nos lábios, eles parecem mais bocas de botos.
Pela beleza, vale, na cabeça de alguns.
Entre boto e botox só fica faltando mesmo um x.
O x da questão ou x de X-Men?
X-Men me fez lembrar The Omen
E a diferença entre Omen e Homem é que, homem é com h.
O que faria a Profecia não tão macha assim, diminuindo o medo que sentimos ao ver tal filme...
Fato é que começamos falando de manteiga e fomos parar em botox.
Que rima com inox , que é pouco consumido pelo brasileiro, em média 1,3 kg ao ano.
Será que consumimos mais botox do que inox?
Certamente mais do que botox ou inox, consumimos oxigênio.
Que também é uma rádio portuguesa, com um site colorido.
Cores que são o forte de Jackson Pollock, que era lóki, mas você pode pintar como ele.
As cores dão o tom à alma, que vibra com a beleza, levada aos nossos corações.
Que se derretem como manteiga.
E assim como em nossas vidas, ou na música do Raul, tudo acaba onde começou.
quinta-feira, novembro 09, 2006
10 apertos de mão que não deveriam existir
Neste momento de profunda reflexão, cito aqui os principais apertos de mão que deveriam ser extintos:
10-O aperto de mão com as pontinhas dos dedos. A compressão dos dedos se parece com a compressão dos lábios, fazendo um biquinho revoltante de poodle.
9- O aperto de mão com o exagero na força. Para se mostrar força, pode-se usar o olhar ao invés disso.
8-O sujeito acaba de " limpar o salão" quando percebe que tá na hora de te cumprimentar. Terrível. Ele esconde a meleca na unha, mas um restinho ainda fica nas pontas dos dedos, que encostam tristemente em sua mão.
7-A pessoa não tem paciência de esperar a mão secar, mesmo com uma toalha ao lado. Vai de mão molhada mesmo, e sai um aperto gosmento.
6-Um aperto de mão que demora muito longos segundos a mais do que os muitos segundos a mais normais aos quais você está acostumado a esperar, porque a pessoa quer demonstrar que está feliz por te encontrar.
5- O aperto de mão com o olhar e a conversa voltados para outra pessoa ao lado, o aperto chamado desmemoriado.
4- O aperto de mão de meio segundo. É o aperto de mão por obrigação.
3-O aperto de mão de cigarro. Não temos escolha se o fumante vem direto te cumprimentar, e enquanto não chegar uma pia, faltará a coragem de aproximar o seu próprio nariz à sua mão. ( os fumantes meus amigos não estão sem graça porque esta é uma torcida de nariz antiga minha).
2-Pula este, pra que eu consiga chegar aos dez. Haja imaginação, pô.
1- Este é o aperto de mão hours-concours dos horrorosos. Candidato maior à extinção. É o aperto de mão sem força nenhuma. Completamente desprovido de emoção, dado geralmente por uma pessoa que não tem a menor noção de que está dando um aperto de mão campeão de uma lista dos apertos de mão a serem extintos.Ela apenas deixa a mão para ser apertada. E a vontade, esta sim, é de esmagar a tal da mão inerte.
Pra não falar que sou um chato, existem dezenas de apertos de mão dos quais sou fã. Só que meu pai me dizia que não existe tal coisa como a unanimidade. Então, de vez em quando, preciso me esforçar para parecer chato. Como acabei de fazer para alguns, prováveis donos dos apertos de mão acima.
Se você gosta de listas dos dez mais, confira os " 10 golaços que eu gostaria de ver"
quarta-feira, novembro 08, 2006
O beijo congelado
Caverna onde passam e voltam
Os desejos, as vontades num passeio
Anseio pela próxima onda de calores
Dois amores trocando sabores
Sente a menta na boca contente
As línguas torneadas se olham
De cada lado risos, o amor no meio
Um jogo somente com vencedores
Um cenário com muitas cores
E quando páro, olho para o lado
Guardo em minha história
O beijo congelado
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* Todos os meus registros amorosos em poesia possuem uma única e eterna musa: Aline
terça-feira, novembro 07, 2006
Sushis que eu gostaria de comer-4
Tenho dúvidas se acho o nome interessante, ou desvirtuado demais da cultura nipônica.
Mas no fim gostei, e suas invenções sushizísticas fizeram com que eu obtivesse mais um sucesso nesta busca desesperada pelos sushis mais criativos disponíveis na Internet, que eu gostaria de comer. O nome do restaurante: I Love Sushi.
Na verdade o que mais aguçou meu apetite não é exatamente um sushi, mas uma salada de sashimi.
No site, eles dizem que é uma salada mista primavera com atum, hum, camarão, humm, caranguejo, hummm, polvo, hummmm, tudo isto com um molho de missô, aquele mesmo feito á base de queijo de soja.
Agora tinha em inglês o nome de um dos peixes: surf clam. O tradutor do Google me veio com um tal de " molusco do surf".
Será que é para surfar nas ondas do molho de missô?
Fato é que, ainda mais perto do almoço, fiquei com uma enorme vontade de surfar nesta salada de sashimi.
Mais uma dica pro único chef especializado nesta arte culinária por aqui em Araxá.
Fred Neumann surfou aos 194.120 artigos em português da Wikipédia.
Para pedir ao seu chef favorito o " Sushis que eu gostaria de comer-3, clique aqui "
segunda-feira, novembro 06, 2006
Poefrase-7
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Se você achou que esta poefrase possui um alto teor de estapafurdia, tente aqui a Poefrase-6
domingo, novembro 05, 2006
Minha vida de palhaço
O circo da minha vida começa a cada manhã
Cumprimento os macacos, os elefantes
Os transeuntes que me cercam
O que preciso fazer para ser notado?
Pinto a cara, visto blusa laranja de lã
Não tenho a cara que tive antes
Os teus olhos que me cegam
O picadeiro que foi desmontado
Sumiu a outra metade da maçã
Do meu rosto, ligado a barbantes
Aos colegas que me alegram
Não deixam meu dia parado
As facetas da minha vida de palhaço
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Uma foto em Três versões
Foto de Mônica Santos
Textos de Fred Neumann, Ghiza Rocha e Monica Santos
Como a Monica Santos descreveu esta experiência em seu blog:
Esta é uma brincadeira, onde procuramos observar como se dá a leitura de uma mesma foto por 3 participantes diferentes, três amigos blogueiros e a sua maneira particular de sentir e traduzir em palavras, o que foi registrado em luz...Vamos conferir?
sábado, novembro 04, 2006
Onde está o a?
O texto mud, fic quse mud
Um novo mundo surge, concordo
Ms diferente
Fico contente, ms o novo urge
Se s pessos hoje fazem "vc tc e bjs"...
resumem tudo como se o stress corresse tr´s dels
Pq n~o sumir com o _ de vez em qundo?
hhhhh, eu tô mluco!
Escrito pelo líder do " Sindicto contr o uso d letr _ neste di de hoje".
sexta-feira, novembro 03, 2006
Marlborough Gallery
Quando formos a Nova Iorque, e tivermos que escolher uma galeria para ir, porque não teríamos tempo de ir a mais de uma, a Marlborough Gallery deve ser a escolhida. Afinal, não é qualquer galeria que vai na contramão das outras, e topa expor o trabalho fantástico do Fernando Botero, que desta vez foi polêmico também. Ora, como ele mesmo disse em entrevista, se o New York Times, a revista Time ( que hoje mesmo ilustra matéria sobre Abu Ghraib) e todos os outros jornais que denunciaram a violência de Abu Ghraib não são anti-americanos, ele também não é.
Além de não ser anti-americano, ele é sensacional.
Se eu fosse bem gordinho ( afinal um quilinho ou outro a mais eu já tenho), não teria trauma, por causa de Fernando Botero.